21 DE DEZEMBRO DE 2013
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Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — O PS estará sempre neste caminho; nunca estará com a rutura com o
Estado social, nunca estará com a rutura com a ordem constitucional e com o ataque ao Estado de direito.
Aplausos do PS.
É por isso que nos orgulhamos de ter conseguido evitar, na semana passada, uma votação atabalhoada de
uma lei que era inimiga do crescimento, das pequenas e médias empresas e da justiça social, como a maioria
pretendeu fazer.
Esta semana valeu a pena. Mas não valeu a pena para o PS ou para o Governo. Esta semana valeu a
pena para Portugal e para as empresas portuguesas.
Aplausos do PS.
Assim, contrariamente a uma proposta que entrou nesta Assembleia, tendo como consequência, como bem
caracterizou o Presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, pôr as pequenas e médias empresas
a pagar a redução de impostos das grandes empresas, qual é a lei que vai ser votada daqui a minutos? Em
primeiro lugar, o pagamento especial por conta, que aumentava 75%, fica exatamente no mesmo montante, de
1000 €, que temos atualmente.
Em segundo lugar, todas as pequenas e médias empresas — e só as pequenas e médias empresas — vão
ter uma taxa reduzida de 17% (baixando de 25% para 17%, cerca de um terço do imposto) a pagar nos seus
primeiros 15 000 € de lucro, isto é, mais até do que estava na proposta inicial do PS, que referia apenas 12
500 €. Isto deve-se ao esforço do Partido Socialista e à aproximação que foi possível realizar.
Em terceiro lugar, as grandes empresas não beneficiarão… E nós não temos nada contra as empresas de
sucesso, nós queremos, em Portugal, uma economia com sucesso, com riqueza, que possa ser distribuída de
forma justa e equitativa.
O Sr. João Oliveira (PCP): — No IRC não é!
O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Repito, nós não temos nada contra as grandes empresas. Agora, quando,
quem tem uma pensão de 600 €, tem essa pensão em risco, achamos que é de justiça, como reconheceu o
Presidente da CIP, que quem tem mais de 35 milhões de euros de lucro não tenha o mínimo benefício fiscal,
nestes tempos difíceis, em 2014 — e é isso que está nesta reforma.
O Sr. António José Seguro (PS): — Muito bem!
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Termino já, Sr.ª Presidente.
Finalmente, um último aspeto decisivo é a norma programática final deste diploma. No início, esta norma
permitia estabelecer um calendário e taxas de redução só do IRC.
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — O que vamos ter, agora, é um acordo em que a eventual redução do IRC
depende da avaliação da situação económica e financeira do País e também da futura redução, que nós
desejamos, do IVA, em áreas como a restauração, e do IRS, para aqueles que trabalham, para as famílias,
para que a justiça fiscal seja um fator de estímulo do crescimento, do emprego e do desenvolvimento.
Aplausos do PS.