I SÉRIE — NÚMERO 32
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aceitar propostas do maior partido da oposição e resulta de o maior partido da oposição ter tido também a
responsabilidade de participar nessa discussão e de saber que era muito importante dar este sinal à sociedade
portuguesa.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Os portugueses distinguem muito bem, neste momento,
aqueles que estão disponíveis para participar num consenso — sabendo ter um consenso que mantém
algumas divergências pontuais, mas não fazendo depender dessas divergências pontuais o resultado final de
um trabalho conjunto — daqueles que nunca estão disponíveis para nada que tenha a ver com esse sentido
de responsabilidade.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Exatamente!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Com uma evidência clara: é que precisam de faltar à verdade
para continuar a manter essa posição imobilista,…
O Sr. Paulo Sá (PCP): — Palavras vãs!…
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — … porque não é verdade que aquilo que resulta desta reforma
do IRC seja um benefício para as maiores empresas.
Protestos da Deputada do BE Mariana Mortágua.
O que vai ser votado daqui a pouco é uma manutenção da situação fiscal para as maiores empresas e é
um desagravamento, isso sim, para as pequenas e médias empresas. É um estímulo para as pequenas e
médias empresas e também um importante estímulo para o sector exportador, que vem sendo, desde há muito
tempo, uma mola importante na recuperação da nossa economia.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Exatamente!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — E, mesmo tendo horizontes diferentes, fomos capazes de
chegar a pontos de consenso e de perceber — e o CDS subscreve em absoluto essa visão — que uma baixa
futura do IRC tem de ser ponderada com baixas futuras das taxas do IVA e do IRS, porque, naturalmente, o
equilíbrio do sistema fiscal português também está em causa e neste momento temos uma carga excessiva
sobre as famílias. Nunca podemos ter um horizonte de revisão dos regimes fiscais que não tenha a noção de
que, neste momento, há uma carga excessiva sobre as famílias.
Protestos do BE.
Portanto, Srs. Deputados da oposição mais à esquerda, não é demagogia, é um compromisso sério. Um
compromisso sério de quem, sabendo que tem um problema no sistema fiscal, tem a capacidade de se
comprometer com prioridades e com responsabilidades.
Protestos da Deputada do BE Mariana Mortágua.
Outras pessoas não conseguem distinguir, sequer, as prioridades e muito menos assumir as
responsabilidades. Esta é a grande diferença.
Por isso, neste momento, votaremos uma reforma do IRC que, como também defendeu o CDS, não tem só
esse consenso…
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.