11 DE JANEIRO DE 2014
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infantil e aos indicadores relacionados com a mortalidade infantil. É verdade que podemos dizer que Portugal
evoluiu bastante, evoluiu de forma exponencial, passando a ser um País onde, efetivamente, a saúde da
mulher e a saúde infantil ganharam peso e lugar, o que é entendido por todos como essencial e fazendo parte
dos direitos à saúde de todos os portugueses.
Por isso, o PCP, nesta singela homenagem ao Dr. Albino Aroso, quis destacar estes aspetos, endereçando
as mais sentidas condolências à sua família.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Ainda para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Helena
Pinto.
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: Morreu
Albino Aroso.
Albino Aroso marca, de várias formas, a nossa História coletiva. Foi um homem simples, afável, frontal e
empenhado, um médico reconhecido que colocou a sua sabedoria ao serviço do progresso nas condições de
saúde e nas condições de vida das pessoas e da população portuguesa.
O seu contributo na Comissão Nacional de Saúde Materna e Infantil teve como resultado que Portugal
alcançou um lugar entre os melhores do mundo no que respeita à taxa de mortalidade infantil.
Como Secretário de Estado, propôs a primeira legislação sobre planeamento familiar, mas ele próprio
realizou sessões, nas aldeias do Norte, sobre contraceção e planeamento familiar. Foi por essa altura
fundador da Associação para o Planeamento da Família.
Mas Albino Aroso foi também um ativista pela despenalização do aborto no nosso País e nunca, nunca se
conformou nem com a clandestinidade das mulheres, nem com a acusação de que as mulheres foram alvo em
tribunal. Nunca se calou perante esta situação.
Será recordado pelos seus contributos na área da saúde, que são muitos, será recordado pela sua
participação cívica e será recordado por ter estado sempre, mas sempre, do lado da saúde, dos direitos e da
dignidade das mulheres portuguesas.
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda associa-se a esta homenagem e envia à família as suas
sentidas condolências. Sabemos que o exemplo de Albino Aroso nunca nos abandonará.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, em meu nome pessoal, em nome da Sr.ª
Presidente da Assembleia da República e da Mesa, quero associar-me a este voto de pesar pelo falecimento
do Dr. Albino Aroso e endereçar aos familiares, à filha e à neta, aqui presentes, as mais sentidas
condolências.
Creio que a forma como os vários grupos parlamentares expressaram o seu pesar diz tudo pelo nosso
sentimento em relação à sua perda e pelo reconhecimento das muitas vidas que ele salvou, das muitas vidas
que deu ao País e que vai continuar a dar, com a sua obra, o seu trabalho, aquilo que ficou de toda a sua
preocupação na área da saúde materno-infantil.
Vamos agora proceder à votação do voto n.º 166/XII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de Albino Aroso
(PSD, PS, CDS-PP, PCP, BE e Os Verdes).
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Srs. Deputados, vamos guardar 1 minuto de silêncio, em memória do Dr. Albino Aroso.
A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.
Srs. Deputados, vamos passar à apreciação do voto n.º 167/XII (3.ª) — De pesar pelo falecimento do
Deputado Manuel Seabra (PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE e Os Verdes), que vai ser lido pelo Sr. Secretário,
Deputado Jorge Fão.
O Sr. Secretário (Jorge Fão): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor: