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25 DE JANEIRO DE 2014

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O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Secretário de Estado.

O Sr. Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações — Terminarei em 30

segundos, Sr. Presidente, agradecendo a sua tolerância.

E, por isso, contribuímos para que as obrigações de serviço público sejam possíveis para o futuro, que

abarquem Vila Real e Bragança, residentes, estudantes e trabalhadores, como sempre quisemos e

prometemos fazer, sem ceder àquilo que a Comissão Europeia num primeiro momento queria, participando no

debate e cumprindo as regras. É assim que nós fazemos, em nome do interesse nacional e das regras a que

estamos vinculados.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — No dia de «são nunca»!

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, terminada a discussão dos projetos de resolução

n.os

913 e 915/XII (3.ª), vamos iniciar a discussão da petição n.º 263/XII (2.ª) — Apresentada pela Associação

de Moradores da Zona Urbana da Conceição, solicitando à Assembleia da República a revisão do regime de

renda apoiada e a suspensão da atualização das rendas, conjuntamente com os projetos de resolução n.os

779/XII (2.ª) — Recomenda ao Governo a suspensão da aplicação do regime de renda apoiada (BE) e 916/XII

(3.ª) — Recomenda ao Governo que proceda à revisão do regime de renda apoiada (PSD e CDS-PP) e, na

generalidade, o projeto de lei n.º 494/XII (3.ª) — Suspende os aumentos das rendas das habitações sociais

(PCP).

Para apresentar o projeto de resolução do Bloco de Esquerda, e também para se pronunciar sobre a

petição e demais diplomas, tem a palavra a Sr.ª Deputada Helena Pinto.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: As primeiras palavras do Grupo

Parlamentar do Bloco de Esquerda são de saudação aos mais de 4500 peticionários e peticionárias.

Saudamos também os moradores das várias urbanizações de habitação social de Guimarães que se

deslocaram hoje à Assembleia da República para que aqui se faça justiça. Vieram em nome da cidadania,

vieram em nome dos seus direitos. A nossa saudação e sejam bem-vindos.

O regime da renda apoiada é um regime injusto. Estamos todos de acordo nesta Assembleia da República

— aliás, basta consultar as decisões que já aqui foram tomadas e ler a Exposição de motivos do projeto de

resolução apresentada hoje pela maioria. A Assembleia da República já se pronunciou diversas vezes sobre

esta matéria.

No entanto, a realidade é bem diferente e as rendas já aumentaram. Aumentaram e vão tornar a aumentar

já em maio deste ano.

Porquê manter um regime de renda habitacional que todos consideram injusto?! É um regime que se aplica

a habitações do Estado e muitas delas foram abandonadas durante anos. Os moradores de Guimarães

enviaram várias fotografias que ilustram bem a situação daqueles prédios. Em muitos casos, apenas se pode

viver nessas habitações, porque os moradores fizeram obras e melhoramentos.

Por isso, Sr.as

e Srs. Deputados, chegou a hora de este Parlamento tomar uma decisão em função daquilo

que considera injusto. Basta de recomendar ao Governo! O Governo já conhece as recomendações da

Assembleia da República. O Governo veio aqui, ainda no tempo em que a Ministra Assunção Cristas tinha

esta pasta, dizer que ia fazer, mas nunca mais faz.

Aquilo que os moradores nos pedem e que tem de ser feito hoje, aqui, é só uma coisa: suspender aquilo

que é injusto, suspender a aplicação da renda apoiada; a seguir, discutiremos como se altera a lei que todos

consideramos injusta.

É só esta resposta que este Parlamento pode dar aos milhares de peticionários que hoje nos apresentam

um problema central, que é o direito à habitação.

Aplausos do BE.