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20 DE FEVEREIRO DE 2014

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é a mais populosa NUT III da NUT II Centro. E o que é que acontece quando as gentes de uma cidade como

Águeda — a terceira maior cidade do Baixo Vouga, ombreando, taco a taco, com a segunda, em termos de

população — se veem na necessidade de vir à Assembleia denunciar o esvaziamento dos seus serviços?

Basta pensar que, se as gentes de Águeda o fazem, o que estará a acontecer por este País!…

Tal como o Sr. Deputado do Bloco de Esquerda que me antecedeu, quero denunciar a gravidade da

situação, referindo algo que também foi notícia ontem, sobre o serviço de hematologia que serve todo o Baixo

Vouga, quando o Sr. Ministro da Saúde se veio manifestar surpreso com listas de espera de dois anos para

hematologia, dizendo que ia investigar o que foi denunciado.

É que, há um ano, o Sr. Ministro, em ofício que me dirigiu, acusou a receção da informação e sabia da

existência dos constrangimentos e da lista de espera de dois anos em hematologia.

Vozes do PS: — Uma vergonha!

O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — Isto é da maior gravidade e não pode passar sem uma referência e

uma censura.

Aplausos do PS.

Mas aquilo que as gentes de Águeda exigem, e diga-se que as gentes de Estarreja e Aveiro também, é que

o Centro Hospitalar do Baixo Vouga cumpra o propósito para o qual foi criado, que não cumpriu nem está a

cumprir, que é o de potenciar as virtudes de cada núcleo para que a soma das partes resulte melhor do que o

seu isolamento.

Ora, é inadmissível que, um ano volvido, ninguém conheça ainda o plano estratégico para o Centro

Hospitalar do Baixo Vouga. Isto não pode acontecer e só acontece com a conivência do próprio Ministério da

Saúde.

Portanto, quero referir o apoio do Partido Socialista à justa pretensão das gentes de Águeda, mas, de

acordo com os projetos de resolução, o mesmo sucede no outro equipamento do Baixo Vouga, o Hospital

Visconde Salreu, em Estarreja.

É bom que tenhamos consciência de que o acesso a prestações condignas de saúde é uma matéria de

cidadania e os cidadãos de Águeda exigem aceder a essas prestações condignas, e fazem-no de modo justo,

tal como exigem que o Centro Hospitalar do Baixo Vouga cumpra, finalmente, a missão para a qual foi

constituído, que é precisamente a de potenciar aquilo que Águeda tem de melhor para oferecer, aquilo que

Estarreja tem de melhor para oferecer e aquilo que Aveiro também tem de melhor para oferecer.

Importa que o Ministério da Saúde trate condignamente aquela que é a mais populosa sub-região da região

Centro e não atue como tem atuado, aumentando as listas de espera, desnatando e desqualificando os

serviços de saúde.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Também para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Raúl de

Almeida.

O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as

Deputadas e Srs. Deputados: Começo por

cumprimentar os mais de 11 000 peticionários que contribuíram de forma decisiva nesta participação de

cidadania, na defesa daqueles que são os seus interesses, aliás, mais do que interesses, os seus direitos

fundamentais.

O Centro Hospitalar do Baixo Vouga, que inclui o Hospital de Águeda, o Hospital D. Pedro, como unidade

central e de maior dimensão, em Aveiro, e o Hospital Visconde Salreu, em Estarreja, serve uma grande fatia

da população do distrito de Aveiro, serve um importante núcleo de contribuição económica para o

desenvolvimento do País e merece a maior atenção, o maior respeito e todo o cuidado na sua gestão.

Nesse sentido, e compreendendo que este Centro Hospitalar, em particular, foi criado para o

aproveitamento de sinergias, para aproveitar o melhor do conhecimento,…