4 DE ABRIL DE 2014
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muito importante para todos nós. Aliás, o emprego, principalmente na sua forma mais estável e permanente no
tempo, mais do que uma preocupação, é uma prioridade do CDS.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Muito bem!
A Sr.ª Paula Baptista (PCP): — Então não é?! Não haja dúvida!
A Sr.ª Otília Ferreira Gomes (CDS-PP): — Isto porque, apesar de, felizmente, a taxa de desemprego em
Portugal, que já esteve nos 17,7%, ter-se fixado, no final do ano de 2013, em 15,3%, consideramos que é uma
taxa ainda muito elevada e preocupante. Mas, repito, felizmente, tem vindo a baixar ao longo de vários
trimestres consecutivos.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Graças às nossas políticas!
A Sr.ª Otília Ferreira Gomes (CDS-PP): — Quanto aos vínculos de emprego mais precários, como os
contratos a termo certo, os contratos de prestação de serviço ou aqueles contratos apelidados de «falsos
recibos verdes», é um facto indesmentível que este Governo e esta maioria têm vindo a introduzir reformas,
alterações legislativas e vários programas e apoios no sentido de reduzir a sua utilização.
De facto, dos dados de que dispomos, podemos verificar que na Administração Pública a regra é a
celebração de contratos por tempo indeterminado e de regime de nomeação, tendo vindo a reduzir-se
significativamente, Srs. Deputados, o número de contratos de natureza precária.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Diga lá quantos são!
A Sr.ª Otília Ferreira Gomes (CDS-PP): — Ainda relativamente a esta questão, e mais concretamente em
relação aos contratos a termo certo celebrados pela Administração Pública — que têm uma natureza
excecional, recordo —, na lei aprovada ainda na semana passada, neste Parlamento, ficou reforçada a
preferência dos trabalhadores a termo na admissão para os quadros quando seja aberto processo
concursal,…
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — É verdade!
A Sr.ª Otília Ferreira Gomes (CDS-PP): — … bem como ficou clarificado o direito dos trabalhadores de
receberem uma compensação aquando da caducidade do contrato.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Bem lembrado!
O Sr. João Oliveira (PCP): — É tudo para despedir!
A Sr.ª Otília Ferreira Gomes (CDS-PP): — Finalmente, importa também referir que, pela primeira vez, e
como resposta a uma necessidade legítima e reclamada ao longo dos anos, este Governo aprovou um regime
de proteção no desemprego para trabalhadores a recibos verdes que prestem grande parte do seu trabalho
para uma só entidade. Ou seja, apesar de todos os condicionalismos que o País atravessa, verificou-se um
esforço efetivo do Governo e dos partidos da maioria, nomeadamente por via legislativa, mas também dos
trabalhadores e das empresas, no sentido de reduzir o desemprego, mas também que, na contratação, a
entidade patronal, quer pública, quer privada, opte, sempre que possível, nas circunstâncias concretas, por um
vínculo laboral mais estável e duradouro.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Muito bem!