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11 DE ABRIL DE 2014

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O Sr. Pedro Roque (PSD): — Mas falta pouco para as eleições europeias e logo a seguir existirão todas as

condições para que a concertação social faça o seu trabalho em tranquilidade, sem pressão dos partidos

políticos, e chegue aos entendimentos necessários para que o País neste período pós-troica possa ter um

compromisso alargado, senão a nível político, infelizmente, pelo menos, a nível económico e social.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Zorrinho.

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O consenso europeu, que, em

Portugal, durou décadas, foi nos últimos três anos quebrado por falta de comparência do Governo e dos

partidos da maioria. Foi quebrado por falta de comparência na defesa dos interesses nacionais e na defesa de

uma Europa economicamente robusta e socialmente solidária.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — O que temos visto é um projeto europeu que imita Pedro Passos Coelho e

Paulo Portas e que, tal como eles, perdeu frescura, só olha para o passado, usa a negação para não

reconhecer a tragédia do presente e chega atrasado a todos os encontros com o futuro.

Um projeto que é um repetidor do Governo, da sua política de subjugação dos interesses nacionais e

europeus aos ditames de uma agenda ideológica radical. Uma agenda ideológica radical baseada em duas

ideias-chave: desigualdade e punição. Desigualdade e punição!

E, Sr.as

e Srs. Deputados, uma agenda que será amanhã celebrada em Lisboa, numa iniciativa com a

roupagem institucional mas que se traduz num evento marcadamente ideológico, cujo objetivo é projetar uma

verdade conveniente sobre o que aconteceu a Portugal durante os últimos três anos.

Vozes do PS: — Bem lembrado!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Não fora assim, não fora essa a intenção, e, certamente, vozes

dissonantes teriam sido convidadas para se pronunciarem.

Mas digam o que disserem, nesta ou noutras celebrações, as portuguesas e os portugueses sabem bem

qual foi o resultado dos últimos três anos de governação. Esse resultado é muito claro: o País está pior e os

portugueses estão mais pobres.

Aplausos do PS.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Durante a vigência do atual Governo, só o Partido Socialista e o

seu Secretário-Geral António José Seguro se têm batido, nas instituições europeias e fora delas, por soluções

mais favoráveis a Portugal e à Europa como um todo.

Protestos e risos do PSD e do CDS-PP.

Batemo-nos por uma adenda para o crescimento e o emprego complementar ao tratado orçamental.

Batemo-nos por um tempo para o cumprimento das metas do plano de ajustamento, a que os senhores

chegaram mais tarde, mas que, se tivesse sido feito na altura certa, teria permitido evitar o aumento brutal do

desemprego, teria minimizado a fuga de centenas de milhares de portugueses para fora do País e teria

impedido o crescimento do desânimo e a progressão da pobreza no nosso território.

Batemo-nos, e continuamos a fazê-lo, para que fossem as finanças a servir a economia e não a economia

a morrer estrangulada às mãos das regras cegas dos mercados financeiros.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, nós somos pela renegociação da dívida.