O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 72

8

Memorando de Entendimento, assinado pelo Partido Socialista, e a própria situação do País? Não acha que,

então, essa era uma discussão desadequada e que não estava a ser feita no momento indicado?

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Roque.

O Sr. Pedro Roque (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Artur Rêgo, agradeço-lhe as suas palavras e a

sua presença, bem como a presença da Federação dos Trabalhadores Democratas Cristãos na cerimónia de

encerramento do Congresso, que muito nos honrou.

De facto, as duas organizações partilham a filiação na organização laboral do Partido Popular Europeu e,

portanto, há uma convergência de entendimentos relativamente àquilo que são os trabalhadores, a sua

representação, os seus desígnios e as suas necessidades.

É muito importante voltarmos a realçar que há alguns partidos mais à esquerda que entendem que partidos

como o CDS ou como o PSD chegam ao poder com os votos, como eles dizem, do grande capital. Seria bom,

seria sinal que o País tinha muitos e grandes capitalistas, pois isso seria necessário para eleger esta maioria

alargada que temos aqui na Assembleia da República.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Mas, de facto, não é assim. Os partidos que constituem esta maioria e sustentam este Governo são eleitos

com votos dos trabalhadores portugueses, porque a maioria dos eleitores são trabalhadores.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

De facto, o compromisso tripartido foi muito importante. Devo dizer-vos que é particularmente importante

quando, da parte do principal partido da oposição, a cultura de compromisso não existe ou parece estar

esquecida por estes dias.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Está na gaveta!

O Sr. Pedro Roque (PSD): — Apesar de terem sido responsáveis pela situação a que o País chegou, pelo

Memorando de Entendimento, pelos termos que este Governo teve de aplicar e pelos sacrifícios que foram

impostos aos portugueses, parece que a cultura de compromisso para arrancar para esta fase pós-troica está

completamente arredada. Felizmente, o País conta com parceiros sociais responsáveis e onde esta cultura de

compromisso existe. Foi importante para vencermos o período do Programa de Assistência Económica e

Financeira e estou certo de que será muito importante para o futuro deste País.

Quanto à questão do salário mínimo, penso já ter dito que o Memorando de Entendimento impunha no seu

texto limitações a que o seu aumento se efetivasse, a acrescer às condições económicas que o impediam

também por via do Memorando de Entendimento.

Mas, neste momento, estão criadas as condições de duas formas: as condições económicas do País,

felizmente, alteraram-se e estamos a pouco mais de um mês do final de um programa. Portanto, esta é a

altura adequada.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem, ainda, a palavra para pedir esclarecimentos a Sr.ª Deputada Catarina

Marcelino.

A Sr.ª Catarina Marcelino (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Pedro Roque, não por uma razão de

educação mas por uma razão de cortesia democrática, quero saudar o XIII Congresso dos TSD.