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I SÉRIE — NÚMERO 81

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estamos a caminho do paraíso. É mais ou menos isso que os senhores vêm dizer, quando, na verdade, o

setor está com imensas dificuldades e os senhores não querem ouvir.

Por isso, não nos querem ouvir a nós, porque trazemos aqui a voz da denúncia deste, de muitos outros

setores e da população portuguesa em geral que passa enormes dificuldades devido às políticas prosseguidas

por este Governo.

Mas, Sr.as

e Srs. Deputados, a Assembleia da República é constituída como é e os portugueses já

perceberam que esta maioria os traiu. Muito provavelmente, esta maioria não será maioria nas próximas

eleições e, como é evidente, espero que o setor da restauração venha a contribuir para isso. Nós estamos cá

e continuaremos a fazer essa denúncia.

Lamentamos profundamente que os senhores continuem a insistir que Portugal tenha a taxa do IVA da

restauração mais alta da União Europeia. Esta teimosia absurda por parte da maioria, persistindo neste

aumento do IVA e na não reposição da anterior taxa, prejudica extraordinariamente a nossa economia e todo

um setor que reclama uma intervenção justa, que os senhores continuam a negar, a negar e a negar.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Estou mesmo a terminar, Sr. Presidente.

Os senhores não valem para este setor, não valem para muitos outros, como não valem para a

generalidade dos portugueses.

Aplausos de Os Verdes e do PCP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Cristóvão

Crespo.

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Sr. Presidente e Srs. Deputados: Começo esta minha intervenção como

comecei a intervenção de há pouco, dizendo que as soluções que foram necessárias encontrar não foram

fáceis nem isentas de sacrifícios, mas a situação herdada, de tão dramática e penosa, não tinha alternativas

que não causassem efeitos dolorosos. Reconhecemos isso.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — É falso?!

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — A Sr.ª Deputada acusa-nos de eleitoralismo quando o apelo ao voto que

fez de uma forma perfeitamente aberta demonstra quem é que está a fazer eleitoralismo, quem é que está a

fazer campanha eleitoral, quem é que aproveita esta temática para fazer campanha eleitoral.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Já agora, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia e Srs. Deputados do Partido Socialista, convém não esquecer,

quando falamos em taxa do IVA, quando é que a taxa normal passou de 21% para 23%. Foram os senhores

os responsáveis. Nós não estamos a aplicar nenhuma taxa excecional, a restauração não está sujeita a

nenhuma taxa excecional mas, sim, à taxa normal.

Por isso, o que temos a dizer é que, de facto, o período de que agora estamos a libertar-nos foi dramático,

foi um período difícil — reconhecemo-lo — para a restauração e também para todos os outros setores, para

toda a economia, para os trabalhadores… Foi uma situação que, de facto, não foi fácil, foi penosa mas para a

qual fomos empurrados e que tivemos de enfrentar.

Neste momento, não embandeirando em arco mas tendo muito orgulho no que foi feito neste período…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Ainda não se viu nada!

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — … não podemos hoje, no primeiro debate após a decisão sobre a saída

da troica, deixar de salientar este nosso orgulho, que pertence aos portugueses e a todos nós.