I SÉRIE — NÚMERO 89
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Srs. Deputados, vamos prosseguir com as votações regimentais.
Em primeiro lugar, vamos ler e votar o voto n.º 195/XII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de Henrique
Soares Cruz (CDS-PP), ao qual o Governo se associa.
Peço ao Sr. Secretário Abel Baptista que proceda à leitura do voto.
O Sr. Secretário (Abel Baptista): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto de pesar é do seguinte teor:
«Henrique Soares Cruz faleceu a 17 de maio de 2014, aos 69 anos de idade. Homem generoso e de
vincadas convicções políticas, dedicou a vida à causa pública. Será recordado pelo apurado sentido de dever
com que defendeu o bem-comum, nomeadamente na cidade de Santarém, onde se afirmou como um dos
seus mais notáveis cidadãos.
Veterinário de profissão, teve no ensino uma das suas paixões. Foi professor na Escola Agrária de
Santarém e, posteriormente, seu diretor. Marcou, assim, o percurso de centenas de jovens e colegas,
formando as gerações do futuro e procurando sempre elevar o nome da Escola Agrária de Santarém a
referência na sua área de formação. Foram muitos os que, durante todo esse período, inspirou pelo seu
exemplo e desses nenhum se esquecerá da nobreza do seu caráter, enquanto homem e profissional.
Henrique Soares Cruz foi, também, um homem da política, paixão que alimentou pela força da convicção
de que tinha em si as capacidades necessárias para prestar um valioso serviço público.
Foi, nesse sentido, Deputado à Assembleia da República entre 1979 e 1987, pelo CDS, tendo sido Vice-
Presidente do Grupo Parlamentar do partido e assumido, ainda, a presidência da Comissão Parlamentar de
Agricultura.
A nível local, onde foi sempre muito ativo, Henrique Soares Cruz liderou a Distrital de Santarém do CDS,
cidade que tanto apreciou durante a sua vida.
Assim, pelo seu contributo político, num período decisivo de afirmação do regime democrático português,
Henrique Soares Cruz ficará para sempre ligado à história da nossa democracia e o País está-lhe agradecido.
Homem interventivo, guiou a sua ação pela robustez dos valores em que sempre acreditou, em particular
os da democracia-cristã. Pela perseverança com que enfrentou todos os desafios que, pela vida, lhe surgiram,
a sua participação na vida pública foi tão distinta quanto marcante. Quem com ele contactou, no ensino ou na
política, lamenta o desaparecimento deste homem bom, mas nunca esquecerá o exemplo que lhes deixou.
A Assembleia da República reconhece a Henrique Soares Cruz a dedicação ao País, que o notabilizou na
sociedade portuguesa e na história da nossa democracia, e apresenta a toda a sua família e amigos as suas
sentidas condolências».
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto que acaba de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado, por unanimidade.
Peço a todos que guardemos 1 minuto de silêncio.
A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.
Srs. Deputados, a Mesa endereça os seus cumprimentos à família de Henrique Soares Cruz, bem como ao
CDS-PP.
Cumprimento o Sr. Primeiro-Ministro e demais membros do Governo, que vão agora deixar o Plenário.
Srs. Deputados, vamos prosseguir com as votações regimentais.
O Sr. António Braga (PS): — Sr.ª Presidente, peço a palavra.
A Sr.ª Presidente: — Para que efeito, Sr. Deputado?