11 DE JULHO DE 2014
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O PS veio hoje, aqui, em defesa do Serviço Nacional de Saúde, mas quando o PCP apresentou alterações
nos transportes não urgentes de doentes, o PS, mais uma vez, esteve ao lado da maioria não em defesa dos
utentes mas em defesa desta política de direita, de ataque ao Serviço Nacional de Saúde.
O Sr. Deputado do PS veio aqui defender o Serviço Nacional de Saúde, mas quando propusemos a
revogação das parcerias público-privadas, nomeadamente no âmbito da saúde, o PS votou ao lado da maioria
PSD e CDS-PP, contra a revogação das parcerias público-privadas.
A pergunta que lhe deixo, Sr. Deputado, é esta: como é que o PS defende o Serviço Nacional de Saúde tal
e qual está na Constituição quando, nas medidas essenciais, nas medidas de ataque à saúde, o PS vota ao
lado do PSD e do CDS-PP?
Aplausos do PCP.
A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Almeida, do CDS-
PP.
O Sr. Paulo Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, é sempre importante relembrar a esta
Câmara a situação deixada pelo PS. Só de défice eram mais de 600 milhões; de dívida, mais de 3000 milhões
de euros, da qual estava vencida perto de 2,5 mil milhões de euros e em atraso cerca de 2000 milhões de
euros. Era imprescindível alterar a política de saúde neste País, sob pena da suspensão dos fornecimentos,
do colapso, da degradação total do Serviço Nacional de Saúde.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Só mesmo com a política seguida por este Ministro e por este Governo é que foi possível criar as
condições que permitem que o funcionamento do Serviço Nacional de Saúde esteja a seguir uma trajetória
conducente a uma situação de sustentabilidade. É um caminho que não está finalizado, é certo,…
O Sr. José Magalhães (PS): — Cegueira!
O Sr. Paulo Almeida (CDS-PP): — …mas é o caminho que vai garantir a melhor resposta possível do SNS
aos desafios que lhe são hoje, e no futuro, colocados — quer tecnológicos, quer de inovação, de
envelhecimento da população, de recursos financeiros disponíveis, etc.
O PS não pode ser pior do que um avião malaio: não pode reaparecer para vir gastar muito mais. O País
precisa de sustentabilidade e de credibilidade, Sr. Deputado.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Protestos do PS e do PCP.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, a próxima pergunta cabe ao Sr. Deputado João Semedo, pelo Bloco
de Esquerda.
Tem a palavra. Sr. Deputado.
O Sr. João Semedo (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado, dois acontecimentos recentes, a greve dos
médicos e a demissão de 66 diretores de serviço e de departamento do Hospital de S. João,…
O Sr. José Magalhães (PS): — Ora aí estão factos!
O Sr. João Semedo (BE): — …são dois factos recentes que permitem concluir que fracassou a política de
saúde do Governo, porque não resolveu qualquer problema,…
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Está bem, está!…