I SÉRIE — NÚMERO 104
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Peço aos serviços que acionem o sistema eletrónico para que os Srs. Deputados possam registar-se e
possamos proceder à verificação do quórum de deliberação.
Pausa.
Neste momento, reassumiu a presidência a Presidente, Maria da Assunção Esteves.
A Sr.ª Presidente: — O quadro eletrónico regista 215 presenças, às quais se acrescentam 5, dos Srs.
Deputados Eduardo Teixeira e Paulo Rios de Oliveira, do PSD, e Elza Pais, José Junqueiro e Miguel
Laranjeiro, do PS, perfazendo 220 Deputados, pelo que temos quórum para proceder à votação.
Srs. Deputados, começamos por votar o voto n.º 203/XII (3.ª) — De condenação da ofensiva israelita em
Gaza (BE), que vai ser lido pelo Sr. Secretário.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto é o seguinte:
«O Governo de Israel decidiu, uma vez mais, lançar um ataque aéreo contra a faixa de Gaza. Até ao
momento, contabilizam-se 76 pessoas mortas, na sua maioria civis e, entre estas, cinco crianças. Mais de 360
bombardeamentos destruíram alvos civis, na sua maioria habitações familiares, e mais de meia centena de
pessoas foram feridas.
Segundo as próprias autoridades israelitas, é apenas o princípio de mais um capítulo de crimes contra o
povo palestiniano. O Governo de Israel mobiliza 40 000 reservistas para uma provável operação terrestre na
faixa de Gaza. O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu já avisou, inclusive, que o país se prepara para uma
campanha militar que não será de apenas alguns dias.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas agendou para hoje uma reunião para analisar esta escalada
de violência. O Secretário-Geral das Nações Unidas Ban Ki-moon pediu já para se evitar a espiral de violência.
São os civis quem paga o preço destes ataques, com as vidas perdidas, famílias destroçadas, habitações
destruídas e território ocupado. Tiram-lhes a vida pela morte individual e roubam o país às palestinianas e aos
palestinianos sobreviventes. Nem ao luto, nem à esperança é dada a merecida paz.
À vista desarmada vê-se o recuo das fronteiras palestinianas perante os ataques do Estado de Israel. E
desde as restrições ao acesso à água, passando pelas revistas frequentes a civis da Palestina, por parte de
militares de Israel, o quotidiano é uma guerra permanente, que agora apenas sobe de tom.
A Assembleia da República não pode ficar silenciada perante os ataques israelitas e perante a morte de
inocentes.
Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, aos dez dias de julho de 2014, condena
veementemente a investida militar de Israel contra a Palestina, expressa as condolências às famílias das
vítimas e apela ao imediato restabelecimento da paz na região».
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos, então, proceder à votação do voto n.º 203/XII (3.ª), que
acaba de ser lido.
Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PSD, do PS e do CDS-PP, votos a favor do PCP,
do BE, de Os Verdes e dos Deputados do PS Ana Paula Vitorino, Carlos Enes, Catarina Marcelino, Eduardo
Cabrita, Gabriela Canavilhas, Idália Salvador Serrão, Isabel Alves Moreira, João Galamba, Paulo Campos e
Sérgio Sousa Pinto e abstenções dos Deputados do PS Elza Pais e Paulo Pisco.
Srs. Deputados, segue-se a votação do voto n.º 204/XII (3.ª) — De condenação da escalada de violência
no Médio Oriente (PS, PSD e CDS-PP), que vai ser lido pela Sr.ª Secretária, Deputada Rosa Maria Albernaz, a
quem dou a palavra.
A Sr.ª Secretária (Rosa Maria Albernaz): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto é:
«Israel e Palestina voltaram a conhecer uma escalada de violência nos últimos dias, que, além do
sofrimento, perda de vidas e destruição que provoca, prejudica cada vez mais a possibilidade de concretizar a