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I SÉRIE — NÚMERO 110

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que defendem o «quanto pior melhor», que é o que acontece ao Partido Comunista Português, ao Bloco de

Esquerda e ao Partido Socialista. E isso irrita-os.

Como ainda agora lhe disse, percebo, ideologicamente, gosto muito do complemento solidário com idosos,

mas nós estamos muito satisfeitos por aumentarmos as pensões mínimas sociais e rurais, porque essas, sim,

atingem 1 milhão de portugueses e vão direitinhas ao bolso de quem precisa desse financiamento.

Protestos do Deputado do PCP João Galamba.

Como também nós estamos muito descontentes com o que é a ação do Governo naquilo que são os três

princípios. Temos, obviamente, de continuar a reforçar o aumento das exportações, do consumo interno e do

investimento. Não é possível ter sucesso em todos eles ao mesmo tempo, mas é possível manter o equilíbrio,

e o Orçamento retificativo espelha esse equilíbrio que está a ser conseguido.

Portanto, pergunta-se se há ou não capacidade da maioria em manter a esperança no País e continuar

esse rumo de crescimento económico e, com isso, aliviar, obviamente, o sacrifício dos portugueses; se é ou

não verdade que, tendo em vista a intervenção que já foi feita do Partido Socialista, a esperança de que do

Partido Socialista possa vir coisa boa não parece que venha a confirmar-se, e isto é uma preocupação, porque

estávamos à espera de que, perante a evidência dos bons resultados, a evidência de Portugal ser hoje um

País mais competitivo, como demonstra o ranking, a oposição pudesse dizer: «Bom, nós podemos ir mais

além, mas o que foi feito já foi positivo».

Agora, considerar que um país que sofreu um acidente grave e estava em coma, já anda, já sorri, já está

autónomo, já paga mais juros, há ainda «familiares» desse mesmo país que querem retirar a «muleta» e

«desligar a máquina», isto parece-me totalmente irresponsável.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder aos pedidos de esclarecimento, tem a palavra o Sr.

Deputado Luís Menezes.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Galamba e Sr. Deputado Hélder Amaral,

muito obrigado pelas questões que me colocaram.

Sr. Deputado Hélder Amaral, de facto, é com preocupação que olhamos para o estado do Partido

Socialista, porque, se tivemos um Partido Socialista perdido nos últimos três anos, continuamos a tê-lo nas

últimas semanas. O que vemos é que, apesar de haver uma contenda interna à procura de um candidato a

Primeiro-Ministro, temos candidatos a Primeiro-Ministro que se apresentam sem ideias. Eu vejo o PS muito

preocupado a discutir o tema das quotas, mas, relativamente a propostas para a sustentabilidade social, vejo

zero!

Vejo o PS muito preocupado a discutir quem votou e como o Orçamento do Estado para 2012 (foste tu que

mentiste…! foste tu que disseste…!) e, no fim do dia, gostava de saber o que o PS tem para propor no

Orçamento retificativo de 2014 ou no que diz respeito a reformas estruturais do Estado, e nenhum dos

candidatos se apresenta com propostas.

Aplausos do PSD.

A única grande preocupação que tenho visto é ver qual deles se consegue distanciar mais do Eng.º

Sócrates. Um diz ao outro que esteve na sexta fila calado; o outro diz ao mesmo que foi o número dois do

Governo durante cerca de três anos e que, por isso, estão os dois colados. Querem estar os dois colados,

querem estar os dois descolados…! A única preocupação do Partido Socialista nos últimos tempos é, em vez

de propostas, querelas internas que os portugueses não conseguem perceber. Onde é que estão as ideias?

Onde é que estão as propostas?

Mas, Sr. Deputado, da intervenção do Sr. Deputado João Galamba conseguimos visualizar uma proposta.

Mais: conseguimos visualizar uma clara marca ideológica deste Partido Socialista — não sei se é do Dr.