I SÉRIE — NÚMERO 8
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Servir a economia implicará o recolher obrigatório devido a horários de transportes em zonas, por exemplo,
da Área Metropolitana de Lisboa?
Servir a economia implicará acabar com uma ligação ferroviária direta entre Beja e Lisboa?
Servir a economia significará dificultar a mobilidade entre tantas freguesias deste País e as respetivas
sedes de concelho? É isto que é, por exemplo, servir a economia, Sr. Secretário de Estado?
Por outro lado, gostava de dizer ao Sr. Secretário de Estado que quando se fala dos trabalhadores não nos
devemos ficar apenas pela retórica e o Sr. Secretário de Estado utilizou retórica quando se referiu aos
trabalhadores e não foi ao concreto.
Pergunto-lhe como é que, por exemplo, se pode admitir pensar numa determinada subconcessão e não
ouvir os trabalhadores implicados sobre essa negociata, Sr. Secretário de Estado? É uma coisa impensável!
Então, eles não são peças essenciais, como acabei de ouvir por parte do Sr. Secretário de Estado, que,
depois até disse «peças iguais a todas as outras»! Mas há peças que ficam de fora, que não são ouvidas. Que
desrespeito é este, Sr. Secretário de Estado?
Queria ainda dizer o seguinte: a política de transportes do Governo também não serve objetivos
ambientais. O PET (Plano Estratégico de Transportes), que nós designamos por «plano de encerramento de
transportes» — e acho que de uma forma muito adequada, Sr. Secretário de Estado —, não tem como objetivo
ganhar um novo paradigma de mobilidade que sirva o ambiente em Portugal, assim como (e vamos agora a
um outro documento mais recente) a fiscalidade verde também não toma por objetivo alterar o paradigma da
mobilidade em Portugal, designadamente com uma forte aposta e um forte incentivo no transporte público e no
transporte coletivo. Aliás, infelizmente, também nesta matéria o Governo não tem objetivos ambientais.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — O Sr. Deputado Jacinto Serrão, pediu a palavra para que efeito?
O Sr. Jacinto Serrão (PS): — Para interpelar a Mesa, Sr. Presidente, sobre a condução dos trabalhos.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Tem a palavra, Sr. Deputado.
O Sr. Jacinto Serrão (PS): — Sr. Presidente, muito obrigado por me ter dado a palavra.
Atendendo a um conjunto de problemas que estão subjacentes a este debate de hoje, problemas em
relação aos quais o Sr. Presidente terá uma sensibilidade muito particular, porque é oriundo de uma região
autónoma, quero dizer que os problemas dos transportes aéreos para as regiões autónomas, nomeadamente
para a Região Autónoma dos Madeira, têm sido olimpicamente ignorados pelo Sr. Secretário de Estado.
Aproveito, pois, o ensejo, Sr. Presidente, para fazer uma diligência junto do Sr. Secretário de Estado para que
responda às cinco perguntas que já fiz há muitos meses sobre os problemas dos transportes aéreos…
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Deputado, está a ultrapassar a figura da interpelação à Mesa…
O Sr. Jacinto Serrão (PS): — … entre o Continente e a Madeira e entre a Madeira e o Porto Santo, que
até hoje ainda não foram respondidas, violando o Regimento, como V. Ex.ª muito bem sabe.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Secretário de Estado
das Infraestruturas, Transportes e Comunicações.
O Sr. Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações: — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Nesta minha segunda intervenção,…
O Sr. Paulo Campos (PS): — Terceira!