22 DE NOVEMBRO DE 2014
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tomem-se as medidas para evitar que quer a insubsistência das pessoas, quer a insolvência possa
concretizar-se.
Apresentamos esta proposta, mantendo a nossa posição de princípio em relação a esta matéria: as
subvenções vitalícias nunca deveriam ter sido criadas e agora há que acabar com elas.
Aplausos do PCP.
A Sr.ª Presidente: — Para a próxima intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Montenegro, do PSD.
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Começo por cumprimentar os
autores da proposta 524-C pela circunstância de a terem retirado.
Também quero dizer, Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, que a vontade política dos Deputados do Grupo
Parlamentar do PSD não era aprovar a proposta de alteração 524-C.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Por que é que a votaram a favor ontem?
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — A votação ontem efetuada na Comissão de Orçamento, Finanças e
Administração Pública (COFAP) não refletiu essa vontade.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Quero, de uma forma transparente, assumir aqui, integralmente, a
responsabilidade, como líder parlamentar do PSD, quer pela votação que ocorreu ontem na COFAP, quer pela
circunstância de ter sido retirada a proposta por não corresponder à vontade política dos Deputados do PSD.
Quero dizer que jamais poderia aceitar que uma proposta relevante, como era esta, pudesse ser aprovada
sem ter, de facto, transposta para essa aprovação a vontade política dos que, nesta bancada, representam os
eleitores que votaram em nós nas últimas eleições.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Por isso, Sr.ª Presidente, clarificando esta posição do Grupo
Parlamentar do PSD, quero dizer, para que fique muito claro, que, assumindo essa responsabilidade, também
assumo, em nome desta maioria, a responsabilidade de ter sido esta maioria a suspender o pagamento de
subvenções vitalícias para pessoas com rendimentos acima de 2000 €, que é a lei que está em vigor este ano,
e será a lei que estará em vigor no próximo ano.
Aplausos do PSD.
A Sr.ª Presidente: — A próxima intervenção cabe ao Sr. Deputado Nuno Magalhães, pelo CDS-PP. Tem a
palavra.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo e Sr.as
e Srs. Deputados,
em relação à proposta apresentada pelos Srs. Deputados Couto dos Santos e José Lello, quero dizer, em
nome do CDS-PP, o seguinte: o CDS não assinou a proposta, o CDS não votou a proposta, o CDS sempre
teve a noção de que esta não é altura para reposições e, por isso, o CDS regista que a proposta tenha sido
retirada. Creio que isto vai ao encontro do sentimento do País.
Creio também que, aqui chegados, e para que não haja concurso sobre o monopólio da virtude, é
importante que seja recordado, como foi recordado pelo líder parlamentar do Partido Social Democrata, que foi
esta maioria, o PSD e o CDS, que suspendeu as pensões vitalícias e também que é por esta maioria e por
causa desta maioria que elas não serão repostas.