25 DE NOVEMBRO DE 2014
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A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo e Sr.as
e Srs. Deputados, o Bloco
de Esquerda apresenta um conjunto de propostas em relação ao IMI, que visam, sobretudo, três objetivos: em
primeiro lugar, travar o enorme aumento de IMI; em segundo lugar, repor a cláusula de salvaguarda que o
Governo retira, numa posição insensível, mas também penalizadora, porque são sempre os mesmos a pagar,
Sr.as
e Srs. Deputados!; e, em terceiro lugar, ser feita uma atualização automática anual, tendo em conta o
estado de conservação do imóvel.
E não venham dizer-nos que não há dinheiro ou que vai retirar-se de um lado para pôr no outro. O Governo
empurra as câmaras municiais e obriga-as a aplicar as taxas máximas de IMI, ao mesmo tempo que isenta os
fundos imobiliários.
O Bloco de Esquerda propõe o fim destas isenções. São isenções imorais, Sr. Secretário de Estado!
Aplausos do BE.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, tenho de repor uma certa verdade. Na realidade, ao artigo 198.º da
proposta de lei não foi apresentada só uma proposta de alteração, há outras, e é sobre todas elas que está a
incidir o debate.
Vou identificar as propostas: 536-C e 542-C, do PSD e CDS-PP, de aditamento de um artigo 198.º-A
(Alteração ao Código do Imposto Municipal sobre Imóveis); 454-C, do PCP, de aditamento de um artigo 198.º-
A (Alteração ao Decreto-Lei nº 287/2003, de 12 de novembro), sobre o regime de salvaguarda de prédios
urbanos; 224-C, do BE, de aditamento de um artigo 198.º-A (Alteração ao Código do Imposto Municipal sobre
Imóveis); 528-C, do BE, de aditamento de um artigo 198.º-B (Aditamento ao Código do Imposto Municipal
sobre Imóveis); 221-C, do BE, de aditamento de um artigo 198.º-B (Aditamento ao Código do Imposto
Municipal sobre Imóveis); e 526-C, do BE, de aditamento de um artigo 198.º-C (Cláusula de salvaguarda em
matéria de Imposto Municipal sobre Imóveis).
Presumo que a Sr.ª Deputada Helena Pinto se terá referido a todas as propostas do Bloco de Esquerda em
debate.
Tem, agora, a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Meireles, também para intervir sobre todas as propostas.
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, a minha intervenção é sobre a todas as propostas,
mas, sobretudo, sobre aquela que permite que as autarquias que estejam em condições de o poder fazer — e
quem autoriza as autarquias a fazê-lo não é o Governo, é a sua situação financeira e aquilo que elas,
sensatamente, gastaram…
O Sr. João Galamba (PS): — Convém descontar o tempo!
Pausa.
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr.ª Presidente,…
A Sr.ª Presidente: — Peço desculpa, Sr.ª Deputada. Estava aqui a consultar o guião e não me apercebi…
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, percebi que poderia haver um problema técnico e,
por isso, interrompi a minha intervenção.
Posso continuar, Sr.ª Presidente?
A Sr.ª Presidente: — Faça favor de prosseguir, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, como eu estava a dizer, a minha
intervenção é sobre todas as propostas, mas é, sobretudo, sobre aquela que permite que as autarquias que
estejam em situação financeira de o fazer — e não é o Governo que decide quais são as que estão e as que
não estão mas, sim, o facto de as autarquias terem feito, ou não, uma gestão sensata, sufragada pelos
eleitores, que determina se podem ou não fazê-lo —,…