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27 DE NOVEMBRO DE 2014

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A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Ficam a ganhar 300 €!

O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Mais: estas pessoas têm a possibilidade de desenvolver,

paralelamente, uma atividade profissional remunerada enquanto mantêm o vínculo e a remuneração do

Estado.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Ui, ui!

O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Sr.as

e Srs. Deputados, parece também relevante esclarecer, para

desmistificar alarmismos que, com melhor ou pior intenção, são lançados na opinião pública, que a redução

remuneratória destes trabalhadores em mobilidade nunca poderá descer abaixo do limite do salário mínimo

nacional.

Protestos do PS.

Concluindo, Sr.as

e Srs. Deputados, este regime visa essencialmente pegar no regime pré-existente que o

Partido Socialista criou em 2006, humanizá-lo, dignificá-lo e proporcionar a estas pessoas um projeto de vida e

uma abertura diferente para a vida ativa e para o seu futuro, facultando aos trabalhadores a manutenção do

vínculo na Administração Pública e um futuro diferente de uma prateleira, da limitação de horizontes, para que

possam hoje ver mais à frente a sua utilidade e o seu projeto de vida pessoal.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Está inscrito, também para intervir, pelo PCP, o Sr. Deputado Jorge Machado.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Sr. Secretário de Estado: O

despedimento coletivo que o Ministro Mota Soares, o CDS e o PSD estão a promover na segurança social é,

para o Partido Comunista Português, inaceitável. Inaceitável, porque não há justa causa para o despedimento;

inaceitável, porque estes 687 trabalhadores são absolutamente necessários aos serviços da segurança social.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Ao contrário do que o Sr. Ministro disse aqui em Plenário, estes

trabalhadores não estão de braços cruzados no Ministério, não estão a mais no Ministério.

De acordo com informações recolhidas pelo PCP, entre estes trabalhadores enviados para a dita

requalificação, que é a antecâmara para o seu despedimento, estão terapeutas que trabalham no Sistema

Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIP), presidentes e técnicos das comissões de proteção de

crianças e jovens em risco, assistentes operacionais, educadores de infância, técnicos e terapeutas que fazem

muita falta aos diferentes serviços da segurança social e técnicos das equipas multidisciplinares de apoio junto

dos tribunais de família e menores que desempenham um papel vital para o acompanhamento dos processos.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Secretário de Estado, estes trabalhadores fazem ou não falta à

segurança social? É a pergunta que lhe deixamos.

Com este despedimento, fica provado que CDS e PSD não querem combater o desemprego, não querem

melhorar a Administração Pública nem os serviços que são prestados aos portugueses. O objetivo é destruir,

despedir para entregar cada vez mais serviços a negócios privados.

A pergunta que queremos deixar é a seguinte: este despedimento está ou não desligado dos 12 000

trabalhadores que o Governo quer mandar para a rua, depois de já ter destruído mais de 80 000 postos de

trabalho na Administração Pública?