27 DE NOVEMBRO DE 2014
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muito mal. Estamos a falar de pessoas, estamos a criar uma situação complexa às pessoas e, por isso, repito:
ninguém, absolutamente ninguém, vai ser despedido.
Aplausos do PSD.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sabe que isso é mentira!
O Sr. Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social: — Segunda nota: o mecanismo da
requalificação, conforme já foi aqui dito, foi criado em 2006 por um Governo socialista. O que estamos a fazer
é a olhar para o modelo, melhorá-lo, adaptá-lo às novas realidades e procurar que ele sirva para racionalizar a
Administração Pública em Portugal.
Terceira nota: o que é que está em causa no processo de requalificação e quem é que está em causa
nesse mesmo processo? No Instituto da Segurança Social vão estar, em processo de requalificação, técnicos
de orientação escolar e de orientação social, enfermeiros, técnicos de terapêutica, docentes e, na esmagadora
maioria, assistentes operacionais. São estas as pessoas que vão estar em requalificação no Instituto da
Segurança Social.
Sr.as
e Srs. Deputados, vamos, então, ser sérios. Como é que podemos medir a eficiência da atuação do
Instituto da Segurança Social no que diz respeito ao seu objetivo principal, que é servir as populações? Vou
dar alguns dados que são importantes.
Este Governo tem tido uma preocupação, obviamente, no que diz respeito à redução da despesa pública.
Em encargos de administração, desde 2011, reduzimos 19%, ou seja, reduzimos 356 cargos dirigentes. Mas,
Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos, vamos, então, ler o resultado desta atuação, porque é em função dos
resultados que queremos ser avaliados.
No subsídio de doença, quando os senhores estavam no Governo, o tempo médio de deferimento era de
seis dias; hoje, o tempo médio de deferimento do subsídio de doença é de dois dias.
Quando os senhores estavam no Governo, o subsídio de desemprego tinha um tempo médio de
deferimento de oito dias; neste momento, tem um tempo médio de deferimento de cinco dias.
O subsídio social de desemprego, quando os senhores estavam no Governo, tinha um tempo médio de
deferimento de 29 dias; hoje, tem de nove dias.
Protestos do PS.
Também podia dar os dados da cobrança coerciva, que nunca foi tão elevada como tem sido até agora.
Esta é que é a questão fundamental.
Srs. Deputados, deixo uma outra nota que tem a ver com as CPCJ (Comissão de Proteção de Crianças e
Jovens) e com os técnicos de intervenção precoce. Posso garantir ao Parlamento que, nessa matéria,
nenhuma CPCJ, nem nenhum organismo deste género, como nenhuma intervenção precoce sofrerá qualquer
diminuição no terreno, antes pelo contrário. Tem sido este Governo que tem aumentado e alargado a rede de
proteção às crianças e jovens e tem sido este Governo que tem alargado a rede da intervenção precoce.
Protestos do PCP.
Posso garantir ao Parlamento que não será pela segurança social que nenhum organismo da
Administração Pública, como a educação, a saúde, deixará de prestar o seu serviço.
A Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos, tal como outros Srs. Deputados, refeririam alguns números, mas temos
de ser sérios nos números. A Sr.ª Deputada falou em mais de 350 deficientes, mas peço-lhe que analise e
tenha consciência do que diz. Poderá haver um potencial de 67 pessoas com deficiência envolvidas neste
processo, em todo o País.
Posso dizer ao Parlamento que o Instituto da Segurança Social, que tem uma necessidade acrescida de
olhar para estas situações como nenhum outro departamento da administração central, com certeza que terá a
sensibilidade necessária para que nenhuma destas 67 pessoas com deficiência venha a ser vítima do que