I SÉRIE — NÚMERO 27
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do imposto que incide sobre os lucros das grandes empresas, mas não encontra uma folga para aliviar quem
vive do seu trabalho.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!
O Sr. Paulo Sá (PCP): — Tornou-se também evidente, na discussão da designada reforma do IRS, que o
Governo está apenas preocupado com objetivos eleitoralistas, relegando para segundo plano as
preocupações dos portugueses quanto aos impostos que terão de pagar no futuro e transformando uma
questão tão importante como a política fiscal numa mera arma de propaganda e arremesso político-partidária,
para esconder as suas verdadeiras opções políticas.
Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, o PCP apresentou no debate sobre a reforma do IRS uma política fiscal
alternativa àquela que tem sido imposta, ao longo dos anos, por sucessivos governos da política de direita.
Mostrámos, inequivocamente, que é possível aliviar a carga fiscal que recai sobre os trabalhadores e o
povo e, ao mesmo tempo, garantir as necessidades de financiamento do Estado, desde que o grande capital
seja tributado de forma mais adequada. A solução apresentada pelo PCP em matéria fiscal afirma a
possibilidade e a necessidade de uma rutura com a política fiscal levada a cabo pelos governos da política de
direita.
Aplausos do PCP.
A Sr.ª Presidente: — O Sr. Deputado Cristóvão Crespo, do PSD, também se inscreveu para uma
declaração de voto.
Tem a palavra, Sr. Deputado.
O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, os portugueses e as suas
famílias vão poder comprovar os benefícios das reformas do IRS já a partir de 2015.
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Já, já!
O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Os portugueses vão passar a pagar menos de IRS.
Apesar de ter sido o debate da hipocrisia e da má-fé da oposição, a roçar a irracionalidade, parece que
para os partidos da esquerda, do Bloco de Esquerda, passando pelo PCP e acabando no PS, quanto pior
melhor.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Pelo debate, a conclusão só pode ser uma: não há boas políticas da
esquerda, desde o PS ao Bloco de Esquerda!
Protestos do PCP.
A impreparação da esquerda para defender os portugueses, incluindo o PS, é bem patente neste debate.
Srs. Deputados do PS, do PCP e do Bloco de Esquerda, o IRS não dá rendimentos e a quem os não tem
ele não lhes tira.
Já agora, queria explicar porque foi, em 2013, o grande aumento de impostos. Tal não aconteceu por
vontade da maioria; a maioria sentiu-se e sente-se incomodada pelo aumento dos impostos, por isso vamos
baixá-los já a partir de 2015.
Protestos do PCP.