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6 DE DEZEMBRO DE 2014

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O aumento foi necessário, Srs. Deputados, para suportar as funções do Estado, em particular do Estado

social.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Paulo Sá (PCP): — Era uma medida transitória!

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — E também há os que não têm rendimentos para pagar IRS. Muitos

portugueses não pagam IRS.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — E porquê? Porque não têm rendimentos!

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — O Estado social nada deve à esquerda radical.

Srs. Deputados, o Bloco de Esquerda diz esta pérola: «Garantir que os impostos tributem apenas os

rendimentos depois de deduzidas todas as despesas que permitam uma vida digna a todas as pessoas».

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — E isso é mau?!

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Este é um pilar do Bloco de Esquerda! Srs. Deputados, uma pergunta:

então, quem tenha 1 milhão de euros de rendimento, para ter uma vida digna pode ter 900 mil euros dedução?

É esse o vosso entendimento desta expressão?

Protestos do PCP e do BE.

Os Srs. Deputados do Partido Comunista acham que o IRS é muito injusto e muito pesado, mas as

medidas que propõem são todas no sentido de aumentar impostos. É para quê? Para depois virem reclamar

contra o peso do IRS?

Vozes do PSD e do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Já agora, Srs. Deputados da esquerda…

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr. Deputado, já agora, queira concluir, por favor.

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Vou concluir, Sr.ª Presidente.

Srs. Deputados, conseguem imaginar taxar rendimentos a 75% sem terem muros?

Vozes do PSD: — Claro que não!

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Mas volto a falar para o Partido Socialista.

O quociente familiar é uma medida das mais relevantes e importantes que o Partido Social Democrata e a

maioria apresentam. De facto, o que nós propomos, no quociente conjugal, é que o divisor aumente. E os

senhores parece que não perceberam isso. Ao haver um divisor de 1, as taxas podem ser agravadas por

causa das tabelas. Os senhores podem ter uma taxa de 14%…

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr. Deputado, queira concluir.

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — … e passar a 28% exatamente porque o quociente é menor. Portanto,

Srs. Deputados do Partido Socialista, entendam-se com aquilo que pretendem porque, de facto, esse pode ser

um atentado à tributação dos contribuintes.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr. Deputado, já duplicou os 2 minutos de que dispunha.