11 DE DEZEMBRO DE 2014
23
este aspeto na intervenção que fizeram e referem-no na introdução do projeto de resolução, mas na parte
resolutiva não aparece nada sobre ele.
É necessário e importante que haja aqui um compromisso quanto à questão de fundo, que levou a que o
problema se manifestasse desta forma, porque senão ainda vamos ter um problema maior: um tráfego cada
mais denso mas com acalmias de trânsito a dificultar a circulação.
Queremos que haja medidas de acalmia de tráfego, mas pensamos que é indispensável haver uma
alternativa para as populações que seja de facto uma alternativa e que seja de facto acessível.
Aplausos do PCP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Odete João para uma intervenção.
A Sr.ª Odete João (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Começo por cumprimentar o Sr.
Presidente da Câmara Municipal da Batalha, o Sr. Diretor do Mosteiro da Batalha e o Sr. Vereador da Câmara
Municipal da Batalha.
Não é demais dizer que o Mosteiro de Santa Maria da Vitória é um símbolo da independência de Portugal,
é uma obra arquitetónica ímpar que integra a lista de Património Mundial da Humanidade definida pela
UNESCO desde 1983.
A defesa e a conservação do património é obrigação de todos, mas é fundamentalmente uma incumbência
do Estado, através das suas políticas culturais de salvaguarda do património e, com ele, do futuro na nossa
identidade pátria.
Todos nós sabemos que o Mosteiro tem estado sujeito a níveis de poluição e de vibrações provenientes do
chamado «IC2», que passa a escassos metros dele, as quais deterioram a pedra calcária do edificado.
Portanto, garantir as condições adequadas de preservação tem de ser uma prioridade de todos.
Nesse sentido, os Governos do Partido Socialista projetaram e construíram a Variante da Batalha, a A19,
pretendendo-se, com esse investimento, resolver basicamente dois problemas: preservar o Mosteiro,
desviando o trânsito, e aumentar os níveis de segurança rodoviária.
No entanto, o facto de a A19, concluída em 2011, ser portajada, aliado às condições económicas do País,
não contribuiu para uma utilização significativa desta via, continuando o trânsito a fazer-se frente ao Mosteiro,
ao que não é alheio o facto de também não ter sido dada continuidade às obras de requalificação do IC2 que
estavam previstas.
É, pois, urgente, implementar soluções integradas que minimizem o risco de degradação do Mosteiro, pelo
que saudamos a Câmara Municipal da Batalha na mobilização de vontades em defesa do património e cujas
propostas estão agora plasmadas no projeto de resolução do PSD que analisamos.
Três anos decorridos sobre a abertura da A19, é urgente potenciar o seu uso, encontrar formas atrativas de
o fazer e desviar o trânsito da frente do Mosteiro, em particular o de longo curso e o inter-regional, porque
sabemos que o trânsito regional continuar-se-á a fazer por essas vias. Por isso, exige outro tipo de
intervenções que minimizem os impactos ambientais e a poluição sonora, há muito reclamadas por todos e
cuja execução é cada vez mais urgente.
Esperamos que esta iniciativa que, como já vimos, merece o consenso das várias bancadas, não caia
como caiu a ação de promoção do turismo de Portugal na ausência absoluta de promoção da região Centro.
Esperamos que a recomendação do PSD tenha melhor destino junto do Governo e que este se
comprometa a executar a obra antes do final do seu mandato.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia para uma
intervenção.
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Quero também, em nome
do Grupo Parlamentar Os Verdes, saudar toda a população da Batalha e também, estando aqui presente, o
Sr. Presidente da Câmara e o Sr. Diretor do Mosteiro da Batalha.