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I SÉRIE — NÚMERO 34

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A juventude portuguesa, Sr.as

e Srs. Deputados, sabe que quem, na realidade, defende o Estado social é

esta maioria. É que quem valoriza o Estado social é quem o paga e quem o reforma, e não quem o afunda,

dando tudo a todos, até nada mais haver para dar. Caras e Caros Deputados do Partido Socialista, salvar o

Estado social é tirar a troica de Portugal, não é pô-la cá dentro, como os senhores fizeram.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Portanto, não venha o Partido Socialista dar-nos lições sobre o Estado social.

Iniciámos, hoje, um novo ano político com uma nova esperança. Iniciámos 2015 com um País sem troica e,

por isso, com mais liberdade. Um País sem programa cautelar e por isso com mais autonomia. Um país sem o

tão temido segundo resgate e, por isso, com maior soberania. Um país sem a tão anunciada espiral recessiva,

sendo, pelo contrário, o que mais cresce na zona euro.

Este é o arranque, esta é a sensação de liberdade, com que os jovens com esperança, como eu e como

tantos outros, querem começar este novo ano, algo que, há quatro anos, quase não havia, em Portugal.

Mas não estamos ainda satisfeitos e vamos continuar a reformar Portugal.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Quem governa bem, governa para todos e não apenas para uma

classe ou geração. E, por isso, é importante cuidar do futuro.

Queremos continuar a afirmar a educação e a qualificação no centro do modelo de desenvolvimento do

País, assente numa maior formação cívica, pessoal e política dos cidadãos. É fundamental que todos os

jovens que terminam hoje a sua formação obrigatória, em Portugal, tenham conhecimentos básicos do

funcionamento dos órgãos de soberania e da sua organização.

Queremos continuar a valorizar o papel do estudante, o papel do professor e o regular funcionamento do

sistema educativo.

Ambicionamos uma reorganização da rede de ensino superior, em Portugal, e o redesenhar de um novo

modelo, mais justo, do seu financiamento.

Queremos eliminar as atuais barreiras iníquas ao acesso dos jovens à profissão e ao mercado de trabalho.

As ordens profissionais, cujo papel na regulação das profissões é fundamental, não podem continuar a tolher o

futuro dos jovens portugueses.

É necessária uma maior coerência entre a avaliação dos cursos superiores e o justo acesso ao exercício

de uma profissão para a qual se estudou. Nem o dinheiro nem o interesse de uma classe podem sobrepor-se

aos direitos dos jovens portugueses.

E, sim, queremos também apostar nas empresas inovadoras e na sua relação com a ciência.

Queremos reformar o sistema político e o sistema eleitoral.

Sr.a Presidente, Sr.

as e Srs. Deputados: Atualmente, Portugal cresce. Pouco, é certo, para a nossa

ambição, mas com previsões de 1,5% para 2015 e com uma esperança redobrada a encarar o futuro.

Neste ano decisivo de 2015, quero aqui deixar uma garantia: a de que a juventude portuguesa está cá para

dar o seu contributo ao País.

Termino, Sr.ª Presidente, fazendo votos para que, neste novo ano, Portugal possa continuar o seu

caminho, rumo a um País mais justo e, sobretudo, mais próspero.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Inscreveram-se, para fazer perguntas, os Srs. Deputados Pedro Delgado Alves, do

PS, Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, e Rita Rato, do PCP.

O Sr. Deputado informa que responderá em conjunto, pelo que tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr.

Deputado Pedro Delgado Alves.

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, começo também por saudar o

Sr. Deputado Simão Ribeiro desejando-lhe um bom ano e também um bom início de funções como Presidente

da Juventude Social Democrata.

Tenho de começar por dizer que, neste contexto de boas novidades que aparentemente traz para um

excelente início de 2015, o Sr. Deputado parece esquecer que temos uma taxa de risco de pobreza de 24,7%