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8 DE JANEIRO DE 2015

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A Sr.ª Presidente: — Como aqui foi anunciado pelos Srs. Deputados, na próxima sexta-feira, será

apresentado e votado um voto. O Parlamento não podia, porém, ter aqui uma demora no tempo sobre algo

que chamava a uma intervenção imediata de todos.

Srs. Deputados, vamos agora passar à ordem do dia, tal como estava estabelecida. Como todos sabem, o

primeiro ponto consta de declarações políticas, estando já estabelecida a ordem por que vão ser feitas e os

Srs. Deputados que vão intervir. A saber: pelo PSD, o Sr. Deputado Cristóvão Simão Ribeiro; pelo PS, o Sr.

Deputado Alberto Costa; pelo CDS-PP, o Sr. Deputado Rui Barreto; pelo PCP, a Sr.ª Deputada Paula Santos;

e pelo BE, a Sr.ª Deputada Helena Pinto.

Para a primeira declaração política desta tarde, tem a palavra o Sr. Deputado Cristóvão Simão Ribeiro.

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: «É de grande monotonia

a nossa história financeira (…) gasta-se mais do que se tem, fazemos défice e pagamos tudo com

empréstimos». Estas palavras não são minhas, têm 114 anos e foram proferidas, no Relatório e Propostas da

Fazenda, por Anselmo de Andrade.

Sr.as

e Srs. Deputados, 114 anos depois, há quem queira e tudo faça para que isto continue a ser uma

verdade.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Gastar mais do que aquilo que temos, fazer défice, e pagar tudo

com empréstimos.

Em 2010, Portugal tinha um défice de 11,2%, o mais alto da nossa história democrática. Este cenário tem

um rosto e um responsável: o responsável pelos 153 milhões de euros gastos em estudos e relatórios

associados ao TGV, o responsável pelas ruinosas PPP rodoviárias, o responsável pelo desastre financeiro da

Parque Escolar. Enfim, Sr.as

e Srs. Deputados, este é o Partido Socialista das três bancarrotas em Portugal,

um Partido Socialista que quer mudança para ser governo, mas que não está disposto a mudar a sua forma de

atuação.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Nesta que é a primeira declaração política neste novo ano de 2015, vimos aqui falar de confiança — da

confiança que temos no futuro de Portugal.

Em 2011, quando outros «atiraram a toalha ao chão» e nos deixaram sem autonomia, sem esperança, com

o peso de uma dívida monstruosa e castradora do futuro das novas gerações, nós, esta maioria, dissemos

«sim» a Portugal.

Quem não tem memória, Sr.as

e Srs. Deputados, não honra a sua história. E é importante lembrar que este

Governo e esta maioria fizeram um relevante serviço na salvaguarda do Estado e, em particular, do nosso

Estado social. Nenhum outro Governo teve de enfrentar tanta dívida, nenhum outro Governo teve de corrigir

tantos erros do passado.

E desenganem-se aqueles que acham que os jovens, em Portugal, se deixam enganar, porque, Sr.as

e Srs.

Deputados, a juventude portuguesa sabe que a dívida está controlada e que Portugal se financia, hoje, a

mínimos históricos.

A juventude portuguesa sabe que o Partido Socialista congelou as pensões mínimas sociais e rurais,

depois de as ter aumentado em ano eleitoral, mas também sabe que foi esta maioria e este Governo que as

atualizou sempre acima da taxa da inflação.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A juventude portuguesa sabe que o Partido Socialista deixou a ação social escolar atrasada e

desarrumada, mas também sabe que o atual Governo «arrumou a casa» e paga hoje em menos de metade do

tempo aos estudantes carenciados.