O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

8 DE JANEIRO DE 2015

39

Vozes do CDS-PP e do PSD: — Pois é!

Protestos do BE.

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — Todos os comentadores põem em evidência esta evolução do

partido Syriza.

O Deputado George Stathakis fez, recentemente, uma digressão europeia para explicar que «o partido de

hoje já não é o mesmo de 2012». Deu uma entrevista a um jornal, que não é do meu campo político, o

Libération, dando a garantia de que, e cito, «Permaneceremos na zona euro. Queremos negociar a dívida com

as autoridades europeias para a tornar sustentável.», logo acrescentando que também é uma posição

defendida pelo atual Governo conservador de Antonis Samaras.

Pergunto-me: a irritação do Bloco de Esquerda dever-se-á ao afastamento do partido Syriza da linha mais

radical que o Bloco de Esquerda sustenta?

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Não está a perceber!

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — Tendo assistido ao debate interno do Bloco de Esquerda dos

últimos anos, diria que me pareceu um debate talvez com Ana Drago, talvez com Rui Tavares, talvez com

pessoas que se foram afastando do Bloco de Esquerda, porque defendem posições mais realistas no contexto

europeu.

Nós, na União Europeia, usamos a palavra «solidariedade». Ora, temos que ter presente a expressão latina

ubicommoda,ibiincommoda — onde estão as coisas cómodas, estão também as incómodas; onde está o

que nos beneficia, estão também as dificuldades. Temos de partilhar esse esforço comum para salvar a União

Europeia e a zona euro, essa questão é fundamental.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — Vou terminar, Sr. Presidente, dizendo que também estou

preocupado com os resultados das eleições na Grécia e com os reflexos que possam ter para Portugal. Não

me esqueço que em 2010 e em 2011 a derrapagem nos mercados começou pela Grécia e que nós pagámos

os efeitos disso. E eu não quero que o mesmo volte a acontecer!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Nós pagámos a escolha da Alemanha!

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — Fico surpreendido que a Sr.ª Deputada não tenha receio de que

aconteçam aos portugueses consequências de uma irresponsabilidade que pudesse vir da Grécia.

Por isso, saúdo o realismo dos políticos gregos, incluindo os da sua área política, e repudio todos os

acenos de irresponsabilidade.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Helena Pinto.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Vitalino Canas, agradeço as questões que me

colocou, como é óbvio, mas gostaria de dizer que na sua intervenção, em relação às questões que colocou no

final, o Sr. Deputado, de alguma forma, teve a preocupação não só de atacar o partido do qual falei e que tem

nome, Syrisa —…

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!