O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 34

34

A Sr.ª Luísa Salgueiro (PS): — Quais foram essas situações?

A Sr.ª Carla Rodrigues (PSD): — A Sr.ª Deputada pode perguntar então, e bem, se o Governo, uma vez

que era previsível este pico de afluência às urgências, não deveria ter prevenido esta situação. Preveniu, Sr.ª

Deputada, e houve um plano de contingência especial para combater esta situação.

A Sr.ª Luísa Salgueiro (PS): — Depois do Natal!

A Sr.ª Carla Rodrigues (PSD): — Houve o alargamento do horário de atendimento dos centros de saúde

no período noturno; houve um reforço das equipas de médicos nos serviços de urgência neste período;…

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Depois do que aconteceu!

A Sr.ª Carla Rodrigues (PSD): — … houve um excecional empenho dos profissionais de saúde, que se

excederam e se desdobraram neste período particularmente difícil para atender todos os utentes.

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Isso é verdade!

A Sr.ª Carla Rodrigues (PSD): — Aliás, queremos aqui reconhecer esse esforço dos profissionais de

saúde.

Contudo, isso não foi suficiente, Sr.ª Deputada. E não foi suficiente porque nunca é suficiente quando se

conjugam fatores completamente excecionais em circunstâncias absolutamente excecionais.

Este fenómeno, infelizmente, não é um exclusivo de Portugal. Recomendo à Sr.ª Deputada que leia o artigo

publicado hoje no The Guardian, onde se explica que este fenómeno aconteceu no serviço de saúde inglês,

apontando causas que são em tudo idênticas às portuguesas.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Porque será?!

A Sr.ª Carla Rodrigues (PSD): — Ao ler este artigo talvez a Sr.ª Deputada consiga perceber um bocadinho

mais este fenómeno.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — A acusação é de rutura! Está a comparar?

A Sr.ª Carla Rodrigues (PSD): — Mas o que lamento realmente, Sr.ª Deputada, é que o PCP insista nesta

palavra gasta: desinvestimento (já não é o desmantelamento, é o desinvestimento).

Protestos do PCP e do BE.

Se os Srs. Deputados quiserem ouvir, eu continuo!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Os apartes são regimentais!

A Sr.ª Carla Rodrigues (PSD): — É que em 2013, por exemplo, ocorreram mais de 6 milhões de

atendimentos nas urgências, mais 128 000 atendimentos do que em 2012 — ainda não temos os números de

2014 —, o que corresponde a um aumento de 2,2%. Houve mais 16 600 atendimentos por dia nas urgências

do SNS. É isto o desinvestimento no SNS? Houve mais 3,4% de consultas hospitalares do que em 2012. É a

isto que chama desinvestimento no SNS? Em 2013, foram contratados mais 2000 médicos para o Serviço

Nacional de Saúde e, em 2014, foram contratados mais 1700 médicos. É a isto que chama desinvestimento?

Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente Guilherme Silva.