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17 DE JANEIRO DE 2015

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O problema politicamente grave que se coloca é o de que o Sr. Primeiro-Ministro está isolado da

Administração Pública e começam a sentir-se sinais de que as trapalhadas do seu Governo podem conduzir,

não apenas ao isolamento face à Administração Pública, mas também face às forças políticas que o

sustentam. A situação política, Sr. Primeiro-Ministro, agrava-se de dia para dia.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Primeiro-Ministro. Ainda dispõe de tempo, embora pouco.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, o Sr. Deputado Ferro Rodrigues quis, para a comunicação

social, que o nosso debate fosse sobre o isolamento. Já percebi, Sr. Deputado!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Ainda bem que percebeu!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Estou atento às suas intervenções e, por isso, ajudo-o nesse seu objetivo.

O Governo, volto a dizer-lhe, não se importa de estar isolado se com isso estiver a servir o País. Esse é o

elemento essencial.

Vozes do PSD e do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sei que muitos outros políticos ficam preocupadíssimos, ansiosíssimos,

quando ficam muito isolados. Mas, Sr. Deputado, muitas vezes, é preciso ter a coragem de não ter medo de

ficar isolado para se chegar onde é preciso chegar, e isso, felizmente, a mim não me falta, nem faltará.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Na Administração Pública, estamos a fazer, julgo eu, o que é preciso. Quando o Sr. Deputado quiser,

discutiremos isso com o tempo adequado e de uma forma transversal e cabal.

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Em qualquer caso, o que estamos a fazer na Administração Pública, e é

sabido, é a implementar a tabela remuneratória única com a tabela única de suplementos, que deveria ter

entrado em vigor logo no início do ano e que sofreu um pequeno atraso, mas é um pequeno atraso. Iremos

concluir, este ano de 2015, essa revisão importante no âmbito da Administração Pública e garanto-lhe que as

eleições não serão um impedimento para que também essa reforma possa ter lugar. É porque, Sr. Deputado,

não queremos que o Partido Socialista fique demasiado isolado nos seus argumentos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta é do CDS-PP.

Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, já sabíamos que o Partido

Socialista não faz propostas, mas hoje ficámos a saber que também não faz perguntas nos debates

quinzenais,…

Risos do CDS-PP.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — Já o CDS faz perguntas difíceis!