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17 DE JANEIRO DE 2015

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Sr. Deputado, fico muito satisfeito, sim, em saber que houve total sintonia dentro do Governo para que

conseguíssemos servir estes objetivos e não, Sr. Deputado Ferro Rodrigues, não existe qualquer discussão

dentro da maioria a propósito destas matérias.

Queria concluir, dizendo o seguinte: teremos, em 2015, a possibilidade de registar, mais uma vez, um

excedente externo do lado da balança de comércio e serviços.

Conseguimos fazer uma coisa que em democracia nunca tinha sido possível fazer e ficamos muito

satisfeitos com isso, porque as democracias não existem para fazer défices, existem também para poder

compensar as pessoas dos seus sacrifícios em direção ao progresso e ao desenvolvimento. Têm mesmo de

beneficiar disso de uma forma sustentada. Esse equilíbrio externo, hoje, é para nós decisivo, mas precisamos

também de manter o equilíbrio interno. E, como estamos a conseguir fazê-lo, julgo que as instituições que

podem observar esta trajetória, por maior síndrome de privação que possam evidenciar, como sugeria há

pouco o Sr. Deputado Luís Montenegro, relativamente ao facto de já não lhes perguntarmos tantas vezes o

que devíamos fazer, até essas instituições concordam que nós estamos a corrigir esses desequilíbrios e que

isso nos dá, evidentemente, um otimismo muito maior em relação ao futuro.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para formular a próxima pergunta, tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, as estatísticas recentes sobre o

desemprego vieram clarificar um pouco a realidade do que se passa no plano do emprego e do desemprego.

E podíamos dizer que lá se foram os sinais dessa tendência tão proclamados permanentemente, como no

último debate quinzenal.

Mas isso já nós sabíamos. É evidente que as estatísticas, desde que torturadas e retorcidas, dizem sempre

aquilo que se pretende que digam, mas o problema é no futuro próximo, Sr. Primeiro-Ministro. Os anúncios de

despedimento em serviços no setor financeiro, os despedimentos anunciados na Base das Lajes, os

despedimentos já pré-anunciados na TAP, porque é esse o objetivo da privatização da TAP, em muitas

empresas do País isso sim são sinais inquietantes e tendências que se vão acentuar. Mas, Sr. Primeiro-

Ministro, pior do que isso, pela via da chamada requalificação, não só para os trabalhadores da segurança

social, mas parece que em todos os ministérios, é o próprio Governo que quer proceder a despedimentos.

Estranha forma de o Governo combater o desemprego.

Explique lá esta contradição insanável, Sr. Primeiro-Ministro.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, há pouco tive ocasião de

dizer que quando olhamos para o desemprego, bem como para qualquer outra variável macroeconómica

importante, devemos sempre atender à sua tendência e não a valores discretos, mas não deixamos também

de olhar para os valores discretos, portanto estamos preocupados com o se passou com o desemprego.

Mas, ao contrário de muitas pessoas, que quando os números que as estatísticas revelam os surpreende

por qualquer razão… Não sei, o Sr. Deputado está a sugerir que o Instituto Nacional de Estatística distorce a

estatística?

Vozes do PCP: — Não, não, o IEFP é que fazia isso!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Peço desculpa, o INE…

O Sr. João Oliveira (PCP): — O INE desmentiu o IEFP!