I SÉRIE — NÚMERO 48
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Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — A Mesa tem indicação de um pedido de esclarecimento por parte do Sr. Deputado
Paulo Cavaleiro, do PSD. A Sr.ª Deputada Ana Paula Vitorino já não dispõe de tempo para responder, mas o
Sr. Deputado tem todo o direito de fazer o seu pedido de esclarecimento. Não há tempo para responder, mas
há o valor autónomo político da pergunta.
O Sr. Paulo Cavaleiro (PSD): — Sr.ª Presidente, farei uma intervenção.
A Sr.ª Presidente: — Tem, então, a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Paulo Cavaleiro.
O Sr. Paulo Cavaleiro (PSD): — Sr.ª Presidente, eu queria fazer uma pergunta ao Partido Socialista, mas
eles como são tão bons a gerir o tempo como a gerir o País gastam sempre todo o tempo de que dispõem,
como gastaram muito do nosso dinheiro.
Aplausos do PSD.
Mas o que é importante saudar agora, no fim deste debate, é que discutimos hoje aqui várias coisas,
porque foram feitas, porque aconteceram, porque este Governo tem uma marca que não é a de falar, é a de
fazer.
Protestos da Deputada do PS Ana Paula Vitorino.
Sr. Deputada, a senhora já teve o seu tempo, agora deixe-me fazer a minha intervenção.
Cada um escolhe a sua forma de fazer. É certo que poderíamos ter feito melhor alguma coisa, como
acontece em tudo na vida, mas fez-se. E não estamos a falar de uma qualquer agenda, daquelas que ninguém
sabe bem o que é que lá diz, onde cabe tudo e não cabe nada. Mas vamos ver o que nos ensinou o setor dos
transportes.
Ensinou-nos que não existem em todo o País e que não existem, por exemplo, em todos os concelhos da
Área Metropolitana do Porto, de onde sou, mas que todos pagamos com os nossos impostos.
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — É por isso que pagamos impostos diferentes!
O Sr. Paulo Cavaleiro (PSD): — E se virmos aqui, com os dados objetivos que temos, sabemos que se
nada tivesse sido feito, não teria havido reestruturação das empresas e uma redução significativa da dimensão
dos conselhos de administração e do número de chefias. Mas o Partido Socialista não concorda com a
redução do número de pessoas nos conselhos de administração e do número de chefias?! Ou, então, com a
criação do passe Social +, esse, sim, um passe social verdadeiro, não são descontos para todos, mas para
quem precisa?!
Protestos do PS e do PCP.
E o Orçamento do Estado, com a redução das indemnizações compensatórias, o Partido Socialista também
não concorda com isto?!
Sabemos, também já aqui foi dito, que se não tivéssemos feito nada, a curto prazo o endividamento que
teríamos para 2015 andaria na ordem dos 23 000 milhões de euros. Esta é a realidade. Já foi aqui mostrado
um gráfico. Cada um mostra o seu o gráfico, o que é preciso é testar as coisas como elas devem ser.
O Partido Socialista precisava de encontrar e acertar a sua agenda. Ontem, numa comissão, ouvi o Partido
Socialista criticar o Governo, dizendo que, quando fala dos fundos comunitários, é propaganda. É mais uma
área onde deveríamos ter consenso. Mas o PS de hoje está igual ao resto da esquerda, que não está
habituada a governar: só elenca problemas e nunca diz qual é a sua fórmula para os resolver. Não
conhecemos, deste debate, uma ideia.