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14 DE MAIO DE 2015

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O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — E o que diria a oposição, Sr.ª Presidente, se este Governo deixasse

de governar e esta maioria deixasse de legislar?

Não nos eximiremos de cumprir o nosso mandato até ao fim…

A Sr.ª Presidente: — Está esclarecido, Sr. Deputado.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — … e não é porque os senhores querem que o Governo não cumpra

as suas promessas que ele vai deixar de governar.

Aplausos do PSD.

O Sr. João Oliveira (PCP): — A passagem da Bíblia sobre os vendilhões do Templo era mais adequada!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Não cite o nome do Senhor em vão!

A Sr.ª Presidente: — Vamos passar à declaração política do PSD desta tarde, hoje pela Sr.ª Deputada

Nilza de Sena, a quem dou a palavra.

A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: A circunstância de estarmos no fim

da Legislatura proporciona um balanço.

Quatro anos volvidos, três dos quais conturbados e sofridos na execução de um difícil programa de

ajustamento, para o qual não contribuímos mas que cumprimos com responsabilidade, estamos orgulhosos de

termos conseguido livrar Portugal desse espartilho do Memorando.

Mas, por isso mesmo, vivemos um tempo em que o resgate da verdade se torna mais do que uma

responsabilidade perante o País. Há quem pense, precisamente, que a «grande mentira» é o reduto não dos

factos mas dos factoides, não da ética e da persuasão legítima mas da distorção voluntária da realidade, não

pela racionalidade mas pela emoção populista e instrumental da caça ao voto.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — A verdade é que o atual Governo encontrou não aquilo que o Partido

Socialista garantia mas, antes, um País falido, cujo futuro só poderia ser de sacrifícios e de austeridade.

É bom não esquecermos a história recente. A gestão do Partido Socialista decorreu como se os recursos

fossem ilimitados, a receita não implicasse custos e a despesa fosse um imperativo discricionário da afirmação

da autoridade governativa.

Não encontrámos, apenas, um País empobrecido, um Estado depauperado, uma administração numerosa

e pesada, um País de privilégios injustificados. Encontrámos um País devoluto, devoluto mesmo, sem

recursos no presente e no futuro imediato. Cofres vazios — hoje irritam-se porque os temos cheios —; dívidas

acumuladas; buracos e passivos em toda a parte; desconfiança internacional; acesso negado aos mercados.

Agora, temos economia e finanças consolidadas e o País, conforme notícias ainda hoje confirmadas, está em

pleno crescimento.

Onde está a espiral recessiva que os Srs. Deputados da oposição apregoavam e pareciam desejar?

Repito, hoje o País cresce, cresce sustentadamente e supera as expectativas.

E para que isso acontecesse, não precisámos de um governo faustoso, fantasista ou plástico. Socorremo-

nos pouco de artifícios e não procurámos fabulações vazias — nem antes, nem durante, nem agora, nem

depois.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Socorreram-se pouco!