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21 DE MAIO DE 2015

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nossas metas, e que conseguimos também, pela primeira vez na nossa História, fazer emissões de bilhetes do

tesouro a taxas de juro negativas.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, julgo que esta é a melhor prova de que

podemos, às vezes de forma muito pragmática, concluir que não há nenhuma razão para não termos

confiança de que o nosso regime pós-troica pode ser sólido e apresentar aos portugueses uma recuperação

consistente.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Desprezando os problemas das pessoas!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Nessa medida, Sr.ª Presidente, o balanço que faço hoje será

significativamente melhorado quando, daqui a um ano — que não tenho dúvidas! —, voltarmos a fazer o

balanço do pós-troica em Portugal, em particular se mantivermos o rumo que temos seguido até hoje.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — A primeira intervenção dos grupos parlamentares cabe ao PS.

Para fazer perguntas, dou a palavra ao Sr. Deputado Ferro Rodrigues.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Ministros, Sr.ª Secretária de

Estado: Realmente, é tudo muito previsível, ou seja, as intervenções que o Sr. Primeiro-Ministro faz em

correlação com as últimas semanas de propaganda do PSD e do Governo.

Tratou-se aqui de uma intervenção de um enorme pendor burocrático. Parecia um relatório de um conselho

de administração, burocrático, sem chama, sem conclusões, e se isto é o começo da campanha eleitoral da

coligação, começa muito mal, Sr. Primeiro-Ministro. Efetivamente, misturar a privatização do Oceanário com a

abertura da Instituição Financeira de Desenvolvimento, que agora já vai ser para o final do verão, para 21 de

setembro, parece-me muito pouco rigoroso.

Mas o que é mais importante — e digo-lhe com toda a serenidade e firmeza — é que não se percebe por

que motivo a coligação comemora a saída da troica.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Efetivamente, foi com a troica que puderam pôr no terreno o programa histórico da direita mais

conservadora em Portugal, o que nunca na vida teriam tido oportunidade de fazer sem a vinda da troica. E em

2010 e 2011 ajudaram também à criação de condições políticas que obrigaram à chamada da troica.

Em 2011 negociaram e comemoraram essa entrada da troica.

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — O quê?

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — E, apesar da campanha eleitoral de embuste que fizeram, foram para além

da troica. Disseram sempre que iam para além da troica, o que está hoje mais do que provado.

Aplausos do PS.

Outro aspeto muito importante é que, com a troica, definiram, em 2011 — da vossa responsabilidade e não

da troica —, um conjunto de objetivos para 2015 e, agora, em 2015, definiram um conjunto de objetivos para

2019. Acontece que os objetivos que agora definem para 2019 são, em muitos casos, objetivos inferiores

àqueles que, em 2011, tinham proposto, com a troica, para 2015, como, por exemplo, em matéria de emprego.