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18 DE JUNHO DE 2015

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O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Um ataque profundo!

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — … classificando que os apoios que estas instituições dão —

porque em parceria com o Governo lhes é transferido dinheiro para ajudar os que mais precisam — são

dinheiro fútil, dinheiro que não interessa, ao fim e ao cabo é uma pouca-vergonha dar dinheiro a essas

instituições.

Sr.as

e Srs. Deputados, essas verbas que são de todos os portugueses são entregues à mão de

portugueses que ajudam os portugueses, dando respostas àqueles que mais precisam.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): -- Exatamente!

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — É com trabalho, é com esforço que vamos conseguir tirar este

País da situação em que se encontrava e, estou crente, Portugal e os portugueses terão um futuro de

esperança porque já começou o caminho para ele se concretizar.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção no encerramento do debate, tem a palavra o

Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Um poeta inglês, há cerca de

quatro séculos, escreveu um poema, que ficou para a história, sobre a humanidade.

Dizia ele: «Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula de continente, uma parte da

terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se

fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do

género humano».

É com este humanismo que nós hoje convocamos todas e todos os Deputados a fazer este debate para

nos lembrarmos que todas e todos somos responsáveis por aqueles a quem a política de austeridade deixou

para trás. E o que ouvimos não foi uma palavra de solidariedade, não foi uma palavra de compreensão, não foi

sequer uma palavra de apoio por parte dos Grupos Parlamentares do PSD e do CDS àqueles que são as

vítimas das suas políticas, àqueles que sabem bem como custa a vida de austeridade no nosso País.

O Sr. João Figueiredo (PSD): — Isso é mentira!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — A única coisa que nos souberam perguntar ao longo de quase duas

horas de debate foi: «quanto custa?». E essa foi exatamente a pergunta que nós fizemos desde o início:

«Quanto custa?».

Quanto custa, afinal, a um país tanta pessoa na pobreza?

Quanto custa, afinal, a um país que um jovem formado a única coisa que sabe é que está condenado à

precariedade, a um estágio e que lhe é negada a assistência social a que deveria ter direito, só porque este

Governo não quer dar estágios de 12 meses mas de 9, para não pagar o subsídio de desemprego?

Quanto custa, afinal, uma família saber que lhe é cortada a água, o gás ou a eletricidade porque não se

compreende que é difícil ter uns tostões para pagar essas contas, quando tudo se aceita à EDP, por exemplo,

que apresenta mais de 1000 milhões de euros de lucro?!

Afinal, quanto custa a falta de solidariedade que esta maioria tem para, em vez de dar às famílias que

precisam, dar a quem dela não necessitava, como a EDP, com os seus milhões de lucros?!

Quanto custa, afinal, a falta de resposta de nem 1 cêntimo de apoio social àqueles e àquelas que, sendo

novos demais para terem acesso a uma pensão, são velhos demais para poderem entrar no mercado de

trabalho e não têm subsídio de desemprego, não têm acesso a subsídio social de desemprego e estão sem