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I SÉRIE — NÚMERO 99

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Mesmo quando se mostram condoídos com a miséria — quando não a negam, como fez o Sr. Deputado,

que disse que o País está bem, não podia estar melhor —, quando são confrontados com propostas

concretas, como as que estamos aqui hoje a propor e a discutir, tais como a do aumento do salário mínimo ou

a da garantia de que nenhuma família pobre fique sem água e sem luz, por que é que são contra, por que é

que não apoiam essas propostas?

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Já termino, Sr. Presidente.

Srs. Deputados, o que é que fizeram aos jovens a quem prometeram estágios? O que os senhores fizeram

no final de 2014 foi uma manigância para reduzir de 12 para 9 meses o período de estágios. Qual foi o efeito?

Impedir que esses jovens tivessem acesso ao subsídio de desemprego.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — É uma vergonha!

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — O que hoje estamos aqui a discutir é se os jovens estagiários devem ou

não ter acesso ao subsídio de desemprego e o que propomos é que, sim, devem ter acesso.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar.

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Portanto, Srs. Deputados, têm hoje uma oportunidade para reparar

algumas das injustiças que fizeram. Aproveitem-na!

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge

Machado.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Queríamos ter tido oportunidade de

colocar uma questão ao Sr. Deputado Artur Rêgo, do CDS-PP, mas, como é habitual, esgotaram o tempo.

Portanto, não temos direito a resposta.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Cedam tempo! Ceda-me 30 segundos!

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Deputado, só se o PCP ceder tempo.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Não há crédito para dar ao CDS-PP, Sr. Presidente.

O PSD e particularmente o CDS-PP referiram que deram a volta à situação. O Sr. Deputado Artur Rêgo

disse que há uma diminuição da taxa de desemprego, mas há um gráfico com dados do INE que é muito

revelador, uma vez que demonstra a forma como o CDS e o PSD resolvem o problema do desemprego: com a

emigração.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Se verdadeiramente quer uma resposta, dê-me 10 segundos que eu

respondo.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Os dados do INE publicados recentemente dão conta de que apenas em

2014 emigraram mais de 134 000 portugueses. Nem na década de 60 houve tanta emigração como agora!

Foram mais de meio milhão de desempregados que emigraram e, se a estes somarmos os 160 000 ocupados

ou os 260 000 inativos, que não contam para as estatísticas mas que são desempregados, percebemos bem

que o desemprego no País real não diminuiu nada, como disseram as bancadas do PSD e do CDS-PP.