2 DE JULHO DE 2015
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Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, a qualidade do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa não está em
causa e é reconhecida nesta área. Certo é que também a qualidade e excelência dos serviços de saúde do
SNS é real e inquestionável, inclusivamente na área da cirurgia cardiotorácica.
O Grupo Parlamentar do CDS-PP entende que, estando assegurada a prestação dos cuidados necessários
em tempo útil, com qualidade e segurança, as capacidades instaladas do Serviço Nacional de Saúde devem
ser eficazmente utilizadas e não subaproveitadas; entende que deve e pode recorrer-se a acordos de
cooperação, seja com o setor social e cooperativo, seja com o setor privado, apenas quando essas garantias
não são asseguradas pelo Serviço Nacional de Saúde; e entende também que têm de ser respeitadas as
recomendações do Tribunal de Contas.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Vou terminar, Sr. Presidente.
Dito isto, e a terminar, queria dizer que para nós é claro que o Serviço Nacional de Saúde para ser
sustentável, eficiente e manter padrões de boa qualidade assistencial tem de ser gerido com o máximo rigor e
atender às necessidades de todos os portugueses, com uma resposta equilibrada e harmonizada.
Continuaremos a pugnar por isso, nomeadamente quando está em causa a saúde das crianças.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Helena Pinto.
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: O Grupo Parlamentar do Bloco de
Esquerda cumprimenta os milhares de cidadãos e de cidadãs que se dirigiram à Assembleia da República no
exercício do direito de petição, trazendo um problema que consideram muito importante e para o qual o Bloco
de Esquerda tem a compreensão devida, porque entendemos que existem pais e mães que querem os
melhores cuidados de saúde para os seus filhos.
Esta questão, no entanto, tem a ver com o acordo de cooperação celebrado entre o Estado e a Cruz
Vermelha Portuguesa. Acontece, como com certeza os Srs. Deputados e as Sr.as
Deputadas estão lembrados,
que este acordo foi objeto de uma auditoria. O Bloco de Esquerda chegou a propor, e foi aprovada por esta
Assembleia da República, uma recomendação ao Governo no sentido da realização de uma auditoria pelo
Tribunal de Contas ao acordo de cooperação celebrado entre o Estado português, o Governo, a Administração
Regional de Saúde e o Hospital da Cruz Vermelha para que fossem absolutamente clarificadas as situações
que vieram a público e que levantaram um conjunto sério de preocupações.
Findo todo este processo, e através das recomendações do Tribunal de Contas, este acordo teve o seu fim.
Ficou, de facto, como aqui já foi dito por diversas vezes, salvaguardado que todas as crianças que tinham
iniciado o seu tratamento no Hospital da Cruz Vermelha o poderiam continuar a fazer. E esse é um facto
importante, porque é preciso acautelar a continuidade na prestação de cuidados.
Sr.as
e Srs. Deputados, fazendo minhas as palavras da Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto, é verdade que
existe instalada no Serviço Nacional de Saúde uma capacidade de excelência também nesta área. E nós aqui
temos de tratar sobretudo da defesa do Serviço Nacional de Saúde e, por isso mesmo, não temos hesitado
nem deixado de levantar a voz quando é preciso exigir ao Governo o reforço dos meios financeiros e
profissionais para que essa capacidade de excelência seja uma realidade para todas e todos os portugueses.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Ivo Oliveira.
O Sr. Ivo Oliveira (PS): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, em primeiro lugar, quero saudar os
peticionários presentes nas galerias.
O tema desta petição é de particular sensibilidade, os termos da mesma são claros — pelo retorno das
operações cardíacas, com acordo nacional e vitalício, com o Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa — e os