2 DE JULHO DE 2015
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completo, menos a tempo parcial e ter mais contratos sem termo? Isto foi o que fez este Governo, que reduziu
o desemprego. Aproveito para relembrar o Partido Socialista que meio milhão de desempregados vinham da
sua governação.
A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Bem lembrado!
A Sr.ª Teresa Santos (PSD): — Enfim, o Partido Comunista Português considera política de desgraça
nacional um Governo que devolve a soberania ao País e o credibiliza perante o mundo.
Questiono: como classificam os partidos de esquerda a atual política seguida por países como a Grécia?
Não posso deixar de lembrar que, durante o período em que o País registou maiores taxas de desemprego,
este Governo avançou com políticas de combate a este flagelo e que já foram mencionadas, tais como:
redução dos prazos de garantia de acesso ao subsídio de desemprego; majoração do subsídio de
desemprego para casais em que ambos os cônjuges se encontravam desempregados, aumentando o seu
rendimento em 20%; aumento para o dobro do período de atribuição do subsídio social de desemprego.
Convém destacar que, apesar da redução dos períodos de concessão do subsídio de desemprego,
previstos no Memorando de Entendimento, salvaguardaram-se, contudo, os direitos de formação dos
beneficiários e acautelaram-se os direitos dos trabalhadores com carreiras contributivas mais longa e com
mais idade, especialmente acima dos 50 anos.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Exatamente!
A Sr.ª Teresa Santos (PSD): — Mais: com vista à dinamização e inserção no mercado de trabalho dos
trabalhadores desempregados, criou-se a possibilidade do pagamento parcial do montante único das
prestações de desemprego, em acumulação com a continuação do pagamento das prestações de
desemprego.
Convém frisar que houve o cuidado de que as alterações ao regime da proteção no desemprego fossem
acompanhadas do reforço de políticas ativas de emprego, de que destaco programas de reinserção
profissional em posto de trabalho, como a medida Vida Ativa, para desempregados de longa duração, bem
como o aumento da idade no acesso a estágios profissionais para pessoas acima dos 30 anos, medida que se
destinava unicamente a jovens, privilegiando, assim, os desempregados de longa duração. E outras medidas
de apoio a desempregados podiam ser aqui mencionadas.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Teresa Santos (PSD): — Termino já, Sr. Presidente.
As medidas que aqui foram mencionadas foram ainda complementadas com outras, como a isenção de
taxas moderadoras a desempregados e a criação de tarifas sociais de energia, entre outros benefícios.
Termino, Sr. Presidente, dizendo o seguinte: isto, sim, é sensibilidade social, pois, mesmo perante as
condicionantes da sujeição à troica, o que os projetos do Partido Comunista Português e do Bloco Esquerda
revelam é sensibilidade eleitoral! Para tal não contem com o contributo da bancada do PSD.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Teresa Santos (PSD): — Os peticionários podem contar, sim, com um partido que aposta na
redução da taxa de desemprego, na competitividade das empresas, criando mais emprego, mais inclusão
social e não na defesa de um rendimento baseado na subsidiodependência.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana
Aiveca.