9 DE JULHO DE 2015
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passado, assumam que roubaram a esperança aos portugueses e destruíram sonhos a muitos e muitos que
tiveram que abandonar o País.
Aplausos do PS.
Esta é a realidade dos factos. O Governo provocou recessão, não por imposição do Memorando da troica
mas por escolha própria. Quem já não se lembra da austeridade de Vítor Gaspar? O Governo desestabilizou
os portugueses por escolha própria e continua a ameaçar, insiste na mentira. Hoje mesmo, aqui, o Sr.
Primeiro-Ministro vendeu ao País um futuro de ilusões, mas sabe que negociou em Bruxelas um corte de mais
de 600 milhões de euros nas pensões.
Aplausos do PS.
Por escolha própria deste Governo, o Governo provocou o desemprego. Lembram-se do País em que
Pedro Passos Coelho pediu aos jovens para saírem da sua zona de conforto? E que zona de conforto, Sr.
Primeiro-Ministro! Quando confrontado com as dificuldades dos jovens, pede-lhes que saiam da zona de
conforto e que emigrem porque cá não fazem falta.
Este Governo prometeu e promoveu a guerra entre gerações, estimulou a inveja entre trabalhadores do
setor público e do setor privado, convidou os professores e os mais jovens a sair do País, cortou na ciência, na
investigação e ignorou a cultura. É este o saldo.
Aplausos do PS.
Este Governo pode fazer dissimulações, vender ilusões, continuar a acreditar num País que não conhece,
mas este Governo vendeu o País ao desbarato, sem cuidar convenientemente do interesse nacional. Não é o
PS que o diz, Srs. Deputados e Srs. Membros do Governo, é o Tribunal de Contas, numa auditoria
recentemente conhecida.
Faltou a este Governo decência e ética republicana.
Aplausos do PS.
No caos nos serviços de saúde, na paralisação dos tribunais, pelo crash do Citius, na balbúrdia da abertura
do ano escolar, culpou funcionários e lavou as mãos como Pilatos.
Este é o Governo da negação e, se dúvidas houvesse, este debate do estado da Nação mostrou que o Sr.
Primeiro-Ministro está em negação. Às perguntas da bancada do Partido Socialista, que trouxe os problemas
do País, das pessoas, das famílias, das empresas, o Sr. Primeiro-Ministro diz: «não tenho tempo para
responder e sou um Primeiro-Ministro».
Aplausos do PS.
Este é o Governo que nos faz agora crer que a sua atuação de quatro anos foi, afinal, um mito urbano. Mas
não foi, Srs. Deputados, não foi um mito urbano, antes tivesse sido um mito urbano. Que o digam os
desempregados, os desempregados de longa duração que não têm nenhuma expetativa, nem nenhuma
proteção social; que o digam os jovens que tiveram de emigrar, que tiveram que abandonar o ensino superior;
que o digam as mães e pais deste País que não têm dinheiro para dar comida aos seus filhos todos os dias!
Aplausos do PS.
Não, não é um mito urbano…
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr.ª Deputada.