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I SÉRIE — NÚMERO 53

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Srs. Deputados, o propósito é exatamente o mesmo de há cinco anos: conceber o sistema de saúde como

um todo diversificado, mas apenas preocupado com o bem-estar dos cidadãos. O PSD, Srs. Deputados,

considera que a devolução dos hospitais às Misericórdias permite a obtenção de importantes ganhos de saúde

às populações e os acordos de cooperação dos hospitais de Anadia, Serpa e Fafe só comprovam isso mesmo.

Senão vejamos, Srs. Deputados, comparando a atividade assistencial dos hospitais entre 2014 e 2015, ou

seja, comparando com o primeiro ano sob a gestão das Misericórdias locais, o que é que verificamos? Em

relação ao hospital de Fafe, por exemplo, verificamos que as consultas médicas passaram de 4700 para 7900

e que as cirurgias, no mesmo período, passaram de 1080 para 1550.

Agora, em relação ao Hospital José Luciano de Castro, na Anadia, Srs. Deputados, verificamos que os

resultados ainda são mais expressivos. Senão vejamos: as consultas, em 2014, foram 10 800 e, em 2015,

aumentaram para 22 500. E em relação às cirurgias? Os resultados são verdadeiramente arrasadores: se, em

2014, a Anadia tinha menos de 500 cirurgias, em 2015, passou para quase 1700 cirurgias. Isto, Sr.as e Srs.

Deputados, não são apenas números, são milhares de pessoas que receberam cuidados de saúde médicos e

cirúrgicos, vendo, assim, o seu direito à proteção na saúde concretizado, ainda por cima, com menor tempo de

espera.

Mas isto interessa aos partidos de esquerda?! Parece que não, Srs. Deputados, porque, se interessasse,

teriam tido o cuidado de se informarem sobre a verdadeira melhoria das respostas antes de apresentarem

iniciativas, pondo em causa o direito à saúde das pessoas.

Assim, só vemos as propostas do PCP e do Bloco de Esquerda a resumirem-se, infelizmente, a uma palavra:

preconceito! Preconceito puro!

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Preconceito é aquilo que o PSD tem!

A Sr.ª Laura Monteiro Magalhães (PSD): — Termino, Sr. Presidente, fazendo votos para que o Partido

Socialista e o seu Governo saibam colocar os interesses dos portugueses acima da agenda ideológica, radical,

do PCP e do Bloco de Esquerda, porque, Srs. Deputados, os doentes não merecem ser instrumentalizados ao

sabor de arranjos políticos de ocasião.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente Jorge Lacão.

O Sr. Presidente: — Para intervir sobre os projetos de lei n.os 81/XIII (1.ª), 82/XIII (1.ª) e 84/XIII (1.ª),

apresentados pelo PCP, tem a palavra a Sr.ª Deputada Carla Cruz.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Acabámos agora de ouvir a Sr.ª Deputada

do PSD falar sobre os benefícios trazidos pela transferência dos hospitais para as Misericórdias, mas a Sr.ª

Deputada não pode estar mais enganada, porque ainda hoje recebemos uma informação relativa àquilo que a

Sr.ª Deputada acabou de dizer, dos benefícios do hospital de Fafe. E, segundo essa informação, a população

que está agora servida tem de fazer ainda mais distâncias para realizar exames complementares de diagnóstico

para o internamento da medicina. Mais, diz que os supostos serviços de urgência estão a funcionar sem cumprir

o que está estipulado na legislação, ou seja, sem laboratório para química seca, sem haver uma sala de

emergência. Mais: diz que há uma limitação na administração da medicação aos doentes. São estes, Sr.ª

Deputada, de facto, os benefícios que estes utentes tiveram.

Sr.ª Deputada, aquilo que o PSD e o CDS-PP fizeram foi não precaver o interesse público, nem o interesse

destes doentes, nem sequer dos seus profissionais, porque 20 profissionais do hospital de Fafe não passaram

sequer para a Misericórdia.

Relativamente ao hospital de Serpa, houve trabalhadores a quem a Misericórdia deveria ter pago horas

extraordinárias, algo que, aliás, o Governo já assumiu que compete à Misericórdia pagar, e não está a pagar. A

Misericórdia não está a dar esses direitos aos trabalhadores.

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