16 DE SETEMBRO DE 2016
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Continuaremos a dar o nosso contributo para que não se desperdice nenhuma oportunidade de aprovar
medidas positivas para os trabalhadores e o povo, travando e invertendo, no imediato, o curso da ofensiva que
vinha sendo desenvolvida por PSD e CDS.
Consideramos que é necessário prosseguir e aprofundar o caminho da reposição de direitos e rendimentos,
consolidando o que já foi alcançado e levando mais longe as medidas positivas que permitam responder a
problemas dos trabalhadores e do povo.
Não alimentamos a ilusão de que seja possível prosseguir esse caminho aceitando as imposições da União
Europeia, pelo que continuaremos a reforçar a luta pela rejeição dessas imposições que, crescentemente, se
revelam contrárias à soberania e ao interesse nacional, ao progresso e desenvolvimento do País e à melhoria
das condições de vida do povo.
Aplausos do PCP.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Dar novos e mais passos firmes em frente na melhoria das condições
de vida e de trabalho dos portugueses, contrariando o agravamento da exploração de quem trabalha, é o desafio
que se coloca. Sabemos que este caminho só pode fazer-se com sucesso com o envolvimento dos trabalhadores
e do povo e com a força da sua luta. Foi a luta que nos trouxe até aqui e há de ser a luta que há de levar mais
longe uma política que sirva os interesses dos trabalhadores e do povo.
Sabemos também que são necessárias outras medidas para melhorar as condições de vida dos
trabalhadores e do povo e não pouparemos esforços para a sua concretização.
Seja no quadro da discussão do próximo Orçamento do Estado, seja no plano das propostas que
apresentaremos à discussão na Assembleia da República, continuaremos a bater-nos por objetivos que
consideramos necessários e indispensáveis para o País.
Vamos continuar a bater-nos por uma política em defesa da produção nacional e dos sectores produtivos.
Uma política que promova e reforce o investimento público, orientado para o crescimento e o emprego, com
políticas que defendam a agricultura, as pescas e a indústria e que garanta o acesso ao crédito e apoios públicos
às micro, pequenas e médias empresas.
Insistiremos na luta contra a precariedade e todas as formas de exploração dos trabalhadores, na revogação
das normas gravosas da legislação laboral, na defesa e valorização da contratação coletiva, na exigência do
aumento dos salários, designadamente o do salário mínimo nacional para 600 €, a partir do início do próximo
ano.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Atingiu o seu tempo, Sr. Deputado. Faça favor de concluir.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Vou concluir, Sr. Presidente.
Continuaremos a bater-nos pelo aumento efetivo das reformas e pensões, pelo aumento justo do poder de
compra que foi retirado aos reformados e pensionistas nos últimos anos, pelo reforço dos meios do SNS (Serviço
Nacional de Saúde), designadamente o aumento de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais, bem
como pela redução e eliminação das taxas moderadoras.
Insistiremos na progressiva gratuitidade dos manuais escolares na escola pública, que, de resto, pela
primeira vez este ano é assegurada a todas as crianças que frequentam o 1.º ano do ensino básico por proposta
do PCP.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem de concluir, Sr. Deputado.
O Sr. João Oliveira (PCP): — E pretendemos, já no próximo ano, fixar esta gratuitidade para todo o 1.º ciclo
do ensino básico, bem como o imprescindível caminho de diminuição do número de alunos por turma na
contratação e vinculação dos professores ao quadro.
Continuaremos a lutar por mais e melhor segurança social e prestações sociais.
E continuaremos a lutar, mesmo contra a vontade do CDS, contra as injustiças no sistema fiscal, combatendo
os privilégios dos grupos económicos…