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I SÉRIE — NÚMERO 1

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O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr. Deputado João Oliveira, tem mesmo de concluir.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Concluo, Sr. Presidente, dizendo que continuaremos a lutar contra as

injustiças, tributando o património mobiliário e imobiliário e aliviando os impostos sobre os trabalhadores e o

povo.

Não ignoramos as dificuldades que resultam das consequências da política de direita seguida durante

décadas, mas continuaremos a bater-nos por uma política que dê a resposta de fundo aos problemas do País,…

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr. Deputado, já, por três vezes, lhe fiz o apelo para concluir.

O Sr. João Oliveira (PCP): — … a política patriótica e de esquerda que o PCP propõe aos trabalhadores e

ao povo.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Srs. Deputados, peço a vossa compreensão para o bom andamento dos

trabalhos.

Sr. Deputado João Oliveira, inscreveram-se quatro Deputados para pedidos de esclarecimento. Como é que

o Sr. Deputado deseja responder?

O Sr. João Oliveira (PCP): — Um a um, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Assim, para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Tiago

Barbosa Ribeiro, do PS.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Oliveira, a sua intervenção referiu,

e bem, que estamos a inverter aquele que foi um cocktail explosivo que a governação da direita deixou no País.

E esse cocktail explosivo demonstrou uma fragilização do Estado social, demonstrou uma fragilização das

condições que os nossos cidadãos, os portugueses, têm para trabalhar, para terem uma vida decente, para

terem rendimentos, para procurarem suprir as suas necessidades. Com esse cocktail explosivo a direita afundou

o País. A direita destruiu emprego ao ritmo mais alto das últimas décadas. A direita incentivou os jovens, em

particular os qualificados, a saírem da sua zona de conforto e a emigrarem. A direita provocou um rombo superior

a 2000 milhões de euros na segurança social por ano, quer por via do aumento da despesa, quer por via da

redução das cotizações.

Com este cocktail explosivo nós sabemos qual foi a radiografia social que nos deixaram: 2,8 milhões de

concidadãos nossos pobres, mais de 10% em privação material, severamente pobres, e, sobretudo, jovens

pobres, crianças pobres, idosos pobres. E quem fez isto? Os ditos partidos da família; os ditos partidos de defesa

das classes médias,…

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — … mas da classe média-padrão da direita. E qual é a classe média-

padrão da direita? Aumentos, Impostos, fim de isenções para fundos imobiliários: «ataque à classe média»!

Aumento do salário mínimo nacional: uma tragédia para a economia nacional! Novo imposto sobre património

imobiliário agregado superior a 0,5 milhão de euros por ano — o que é que acontece? É um «ataque à classe

média»! Não é um ataque à classe média a redução de rendas do Estado para financiar colégios privados onde

existem redundâncias públicas que têm de ser naturalmente privilegiadas.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Portanto, o que temos de decidir, o que esta Câmara está a decidir e

o que este Governo vai, certamente, continuar a decidir ao longo de 2017…