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16 DE SETEMBRO DE 2016

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Isto é, pergunto se a tributação acima de meio milhão de euros se aplica ou não a partidos políticos. É

interessante! Os portugueses gostam de saber estas coisas.

O Sr. Deputado não falou agora mas fala muitas vezes sobre combater os offshore. Pergunto se os offshore

são só os dos outros países ou se são os dos eventos que se realizam em património nacional e que não cobram

impostos como são cobrados noutros eventos semelhantes? E os senhores são contra os offshore que se

passam em território nacional designadamente aqueles que são organizados por partidos políticos? Também

era interessante sabermos o que é que pensam sobre isso porque não vale a pena falar dos trabalhadores e do

povo e depois achar que os partidos políticos, designadamente o Partido Comunista Português, pode tudo

porque se acha no direito de representar os trabalhadores e o povo e está acima dos outros.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — É verdade!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Não podem, Srs. Deputados. Os senhores se são dos maiores

proprietários têm de pagar mais como pagam os maiores proprietários. Não é por serem um partido político que

vão pagar menos.

Aplausos do CDS-PP.

É isto que os portugueses também têm de saber. Para essa justiça fiscal os senhores estão disponíveis?

Os senhores falam de descaramento, mas para além do descaramento que referi até agora, têm outro. Nós

respondemos aqui por cada um dos impostos que tivemos de aumentar e dissemos qual era o objetivo desses

aumentos de impostos: libertar Portugal de uma situação de dependência externa que estava presente em

função da governação de outro partido, o Partido Socialista, e aliás o PCP à época dizia exatamente a mesma

coisa. Ora, aquilo que aconteceu é que conseguimos esse objetivo e não será indiferente a isso o facto de

termos tido mais votos nas últimas eleições.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Esgotou o seu tempo, Sr. Deputado.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Eu gostava que algum dia o senhor conseguisse dizer que os

portugueses perceberam tão bem o saco fiscal que os senhores estão a fazer como perceberam a situação de

emergência em que nós tivemos de governar.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Almeida, nós já vimos este filme: o

partido do contribuinte, antes da ida para o Governo com Durão Barroso, era amigo das pessoas. Quando

chegou ao Governo aumentou logo o IVA. Chegou a vez de ir para o Governo com Passos Coelho e logo houve

uma sobretaxa de IRS que levou metade do subsídio de Natal. Por isso, já vimos este filme. Este regresso ao

passado da penosa passagem do CDS pela oposição, da demagogia e da hipocrisia políticas de quem, quando

está na oposição, diz que defende as pessoas para depois as atacar quando chega ao Governo é a história do

CDS e o País já a conhece. É por isso que está tão nervoso, Sr. Deputado. Os portugueses sabem bem quão

demagógico é o CDS quando está na oposição mas quanto lhes vai ao bolso quando está no Governo.

Aplausos do BE.

Vejamos bem: ainda agora ouvimos o Sr. Deputado falar de justiça social, ouvimos a Presidente do seu

partido, Deputada Assunção Cristas, dizer que a taxação do património acima de 500 000 €, que o Bloco de

Esquerda propõe, isto é, que a sobretaxa de IMI que as fortunas imobiliárias devem pagar, é um ataque à classe

média!