I SÉRIE — NÚMERO 1
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de sistemática oposição e resistência a toda e qualquer medida que contribua para reverter o saque de direitos
e rendimentos que perpetraram ao longo dos últimos quatro anos.
Toda a ação do PSD e do CDS, e também da União Europeia, foi no sentido de levantar dificuldades e
obstáculos às medidas positivas para os trabalhadores e para o povo e de procurar criar as condições para
inverter a atual situação e retomar a ofensiva.
De resto, Sr. Deputado João Almeida, a declaração política e as respostas que acabou de proferir confirmam
da melhor forma isto mesmo que acabou de ser dito.
Um partido que apoiou o maior saque fiscal contra os trabalhadores e o povo ao mesmo tempo que aliviava
impostos aos grandes grupos económicos é óbvio que não quer assumir essa responsabilidade e muito menos
quer hoje discutir a redução dos impostos que permitem inverter esse saque fiscal e tributar, de forma mais justa,
os lucros dos grandes grupos económicos.
Aplausos do PCP.
Protestos do Deputado do CDS-PP João Pinho de Almeida.
O Sr. Deputado, que apoiou um governo que isentou de IMI os fundos imobiliários ao mesmo tempo que
esmifrava os portugueses donos das suas habitações,…
Protestos do CDS-PP.
… é óbvio, não quer falar de redução de IMI para as famílias, como resulta da proposta que o PCP apresentou
no Orçamento do Estado para 2016 e que foi aprovada.
Digo-lhe mais, Sr. Deputado João Almeida, a propósito dessa sua tentativa de enlamear o PCP no que
respeita ao IMI,…
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Ah!…
O Sr. João Oliveira (PCP): — … sugiro-lhe que consulte as declarações entregues no Tribunal Constitucional
que confirmam que o PCP pagou em 2015, relativamente a 2014, 29 000 € de IMI, porque a isenção dos partidos
não é aquilo que o Sr. Deputado relata.
Aplausos do PCP.
Nós não temos submarinos no armário, nem temos contas do IMI a haver.
Aplausos do PCP.
Mesmo quando as medidas positivas se revelam insuficientes ou limitadas para responder aos graves
problemas económicos e sociais dos trabalhadores e do País, lá estão o PSD e o CDS, e também a União
Europeia, a criar barreiras e obstáculos, a desvalorizar o que é alcançado, a procurar destruir o que foi feito, a
condicionar novos avanços ou a anunciar um desastre sempre adiado.
Não é de esperar que PSD e CDS ou a União Europeia alterem os seus critérios e atitude nos próximos
tempos. Pelo contrário, considerando, por um lado, o que recentemente tem sido dito por responsáveis do PSD
e do CDS a propósito da situação económica e social — entusiasmados com os seus próprios anúncios de uma
desgraça que possa vir a abater-se sobre os portugueses ou o País — e não esquecendo, por outro lado, as
sanções decididas contra Portugal pela União Europeia no passado mês de julho, não será de esperar desses
lados apoio às medidas positivas para os trabalhadores e o povo por mais pequenas que tenham sido ou que
possam vir a ser.
Da parte do PCP reafirmamos a nossa posição e disponibilidade.