I SÉRIE — NÚMERO 1
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Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado António Leitão
Amaro.
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Almeida, agradeço-lhe a sua
declaração política e agradeço-lhe este exercício de trazer a verdade, a realidade, a este Parlamento.
Lembramo-nos que há um ano estes partidos prometiam um futuro sem austeridade, com a economia a crescer
muito mais, o emprego a crescer muito mais, o investimento a crescer muito mais e todas as nuvens tinham
desaparecido. Volvido um ano, nem uma, nem outra, nem a terceira coisa aconteceram.
As nuvens negras são o próprio Ministro das Finanças que as traz e disse-nos ontem que se limitou a
responder a uma pergunta sobre o resgate. Mas o problema não é só a resposta tão pouco habilidosa do Ministro
das Finanças, é ele ser o responsável pela pergunta sobre o resgate voltar a ser feita fazer em Portugal. A
responsabilidade é deles, as nuvens negras são trazidas pelas escolhas deste Governo.
Mas também não é verdade que o País tivesse mais crescimento, mais investimento, mais exportações, mais
emprego. Toda a realidade dos números — já não são previsões — mostram um País parado pelas escolhas
deste Governo, as que fez e as que anuncia agora.
Sobre a conversa de reverter a austeridade, vê-se nestas semanas as mexidas no IMI, nos escalões, nas
taxas, nos impostos indiretos — dizia aqui ontem o Ministro — e agora mais um imposto.
Reparem que nós estamos num País que não fala de outra coisa que não seja de uma maioria de esquerda
que quer aumentar impostos.
O Sr. João Galamba (PS): — É mais um e menos um!
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Sr. Deputado João Almeida, a minha pergunta é esta: nós temos um
Governo que está a falar de aumentar impostos porquê? Por duas razões muito simples: a primeira é que
escolheram aumentar a despesa do Estado. Quando olham para este lado veem…
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Terminou o seu tempo, Sr. Deputado.
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Vou terminar, Sr. Presidente.
Como dizia, quando olham para o nosso lado veem partidos que quando estiveram no Governo fizeram a
maior redução de despesa corrente do Estado. Os senhores optam, ao invés, por aumentar a despesa pública
e por isso cobrá-la aos portugueses com impostos.
A outra razão é a de que a economia parou…
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr. Deputado, terminou o seu tempo.
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Sr. Presidente, vou terminar.
Como eu dizia, a economia parou. Uma economia parada não gera impostos e o problema é que as vossas
escolhas, como as escolhas destes impostos de que agora falam, são mais um cartão vermelho aos investidores
portugueses, aos investidores estrangeiros que olham para o nosso País. A pergunta é a seguinte: isto é ou não
consequência das escolhas desta esquerda? Podíamos ou não viver…
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr. Deputado, não me obrigue a tomar uma medida mais drástica, por
favor.
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Vou terminar, pedindo a mesma tolerância que o Sr. Presidente
concedeu ao Sr. Deputado João Galamba.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Já utilizou essa tolerância.