I SÉRIE — NÚMERO 10
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O Grupo Parlamentar do PCP votou contra a proposta de resolução n.º 19/XIII (1.ª) por se opor aos acordos
de «livre comércio» e ao que eles de negativo representam para os povos e para os países, e, no caso
específico, para os países da América Central.
Este acordo terá consequências muito nefastas — destruição da capacidade produtiva destes países, a saída
de divisas, a redução das receitas provenientes dos direitos aduaneiros —, aumentará a pressão para reduzir
salários e direitos sociais e para a soberania e o direito ao desenvolvimento dos povos dos países da América
Central.
O Acordo contempla ainda um acordo de associação em inúmeros setores, desde questões militares e de
segurança até regras da chamada boa governação, passando pela associação deste acordo às regras da
Organização Mundial do Comércio e de fixação de políticas como a liberalização do comércio e serviços que
adensará os problemas com que os povos da América Central estão hoje confrontados.
Os Deputados do PCP, Carla Cruz — João Oliveira.
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Relativas aos projetos de lei n.os 16, 148, 154/XIII (1.ª) e aos projeto de resolução n.os 213, 216 e 217/XIII
(1.ª):
O Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata não é contrário à redução dos alunos por turma,
salvaguardados os recursos para o efeito. Considera, no entanto, que, atendendo aos dados e à realidade
nacional, as iniciativas hoje votadas no Parlamento sobre esta matéria não são nem a forma nem o instrumento
adequado para alcançar o objetivo de garantir a melhoria dos desempenhos dos alunos.
Em Portugal, não pode ser estabelecido um nexo de causalidade entre as turmas de maior dimensão e
desempenho escolar. Não é através de uma medida centralista, cega e administrativa, que altera a legislação
em vigor, que combateremos o insucesso escolar mas, antes, por via de uma crescente autonomia responsável
das escolas.
Defendemos, e nesta matéria acompanhamos o Conselho Nacional de Educação nas suas conclusões
apresentadas no Estudo de 2016 Organização Escolar: Turmas, que «antes de se proceder à redução, maior
ou menor, do número de alunos por turma seria conveniente reduzir o número de turmas do 1.º ciclo com alunos
a frequentar diferentes anos de escolaridade» e quemais do que a adoção de normativos de carácter universal
é necessário dar uma maior autonomia às escolas para desenvolverem uma mais eficaz gestão dos recursos
existentes, capaz de se ajustar aos desequilíbrios demográficos nacionais.
Nesta medida, o PSD, atendendo à realidade concreta do nosso país e sendo consentâneo com as propostas
que apresentou (que obviamente refletem a nossa solução para esta questão) sobre esta matéria no âmbito do
projeto de resolução n.º 230/XII (1.ª), designadamente as medidas 8 e 9 do Eixo da Redução do Insucesso e
Abandono Escolares — que estabeleciam como «princípio o alargamento e o aprofundamento da política de
gestão de turmas implementada no projeto-piloto da descentralização de competências da educação, e que,
aferido o número de alunos dos agrupamentos ou escolas não agrupadas e o número de crianças com
necessidades educativas especiais, seja estabelecido a previsão anual do número de turmas, deixando à
autonomia das escolas a composição das mesmas, salvaguardadas as condições financeiras» e «prossiga nas
políticas implementadas no objetivo de reduzir o número de turmas do 1.º ciclo com alunos a frequentar
diferentes anos de escolaridade (turmas mistas)» —, votou contra os projetos de lei de Os Verdes, do PCP e do
BE, bem como do projeto de resolução do BE, por considerá-las propostas demagógicas e irresponsáveis, não
tendo, por exemplo, os partidos proponentes conseguido com o PS redigir um texto comum durante toda a
sessão legislativa anterior, e absteve-se nos outros projetos de resolução porque tem uma posição que ficou
expressa no parágrafo anterior, acrescendo, em relação ao projeto de resolução do PS, que sendo
inconsequente, manifesta uma falta de coragem, bem patente na incapacidade de utilizar o termo autonomia
das escolas, porque mais não faz do que submeter-se às pretensões dos partidos da extrema-esquerda que são
contrários a qualquer autonomia das escolas.