I SÉRIE — NÚMERO 10
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Na declaração de voto sobre essa votação, o Grupo Parlamentar do PCP afirmou que: «É um escândalo que
as concessionárias, neste caso, a REN e a EDP, empresas de capitais públicos, tenham anualmente vultuosos
lucros e os seus administradores tenham chorudas retribuições e possam transferir para os consumidores um
custo que deveriam assumir diretamente. As concessionárias não podem negligenciar o seu papel de serviço
público, devendo, portanto, aplicar parte dos seus lucros em investimento público, em prol do da segurança das
populações, do ordenamento do território e do ambiente.
O PCP não concorda que a tarifa de eletricidade dos consumidores, já elevada, possa ainda aumentar.»
Importa ainda referir que, pela intervenção e contributo do PCP, foi possível incluir no quadro legal:
A necessidade de regulamentar os limites de exposição humana máxima aos campos eletromagnéticos,
decorrentes da instalação ou equipamentos de alta e muito alta tensão;
A inclusão do princípio da precaução e o desenvolvimento da monitorização dos efeitos nas populações
residentes nas áreas rurais e urbanas expostas aos campos eletromagnéticos, resultantes de linhas, de
instalações e de equipamentos elétricos;
O levantamento de todas as situações anómalas e a elaboração de um plano nacional para a sua correção,
competindo às concessionárias da rede de transporte e distribuição de eletricidade executá-lo;
A constituição de uma comissão arbitral para a resolução de eventuais conflitos decorrentes da elaboração
do plano nacional.
O PCP continuará a intervir em defesa do princípio da precaução e a proteção do bem-estar das populações
e reitera a necessidade de ser regulamentada a Lei e que os custos sejam suportados pelas concessionárias e
nunca pelos consumidores.
Os Deputados do PCP, Paula Santos — Carla Cruz — Ana Virgínia Pereira.
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Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.
A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.