21 DE OUTUBRO DE 2016
49
A Sr.ª Diana Ferreira (PCP): — Sr. Presidente, era para informar que o PCP irá apresentar uma declaração
de voto por escrito relativamente à votação dos projetos do CDS enquadrados no envelhecimento ativo,
conforme foi denominado pelo CDS.
O Sr. Presidente: — Muito bem, Sr.ª Deputada.
Srs. Deputados, vamos agora votar o texto final, apresentado pela Comissão de Orçamento, Finanças e
Modernização Administrativa, relativoàs apreciações parlamentares n.os 19/XIII (1.ª) (PSD); 20/XIII (1.ª) (CDS-
PP) e 21/XIII (2.ª) (BE) — Relativas aoDecreto-Lei n.º 41/2016, de 1 de agosto que, no uso da autorização
legislativa concedida pelo artigo 131.º, pelos n.os 3 e 4 do artigo 140.º e pelos artigos 148.º a 150.º, 156.º, 166.º
e 169.º da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março, altera o Código do Imposto do Selo, o Código do Imposto Único de
Circulação, o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, o Decreto-Lei n.º 185/86, de 14 de julho, o Código
do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Coletivas, o Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias e o Código do Imposto Municipal sobre Imóveis.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PS, do BE, do CDS-PP, do PCP, de Os Verdes e
do PAN e a abstenção do PSD.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, a próxima sessão plenária terá lugar na quarta-feira, dia 26 de outubro,
constando, da ordem de trabalhos, para além de declarações políticas, a apreciação das petições n.os 66/XIII
(1.ª) — Apresentada por António Carlos Carvalho e outros, solicitando à Assembleia da República que proceda
à aprovação de um regime especial de aposentação para os docentes da educação pré-escolar e do 1.º ciclo
do ensino básico e 5/XIII (1.ª) — Apresentada pela Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP), solicitando à
Assembleia da República a defesa de um Algarve livre de pesquisa, prospeção, exploração e produção de
petróleo e gás natural (convencional ou não-convencional).
Srs. Deputados, como é convencional, desejo-vos um bom fim de semana e um bom trabalho a partir de
segunda-feira.
Está encerrada a sessão.
Eram 13 horas e 15 minutos.
———
Declarações de voto enviadas à Mesa, para publicação
Relativas aos votos n.os 141 e 145/XIII (2.ª):
O PCP votou contra os votos de congratulação n.os 141/XIII (2.ª) (CDS/PP) e n.º 145/XIII (2.ª) (PSD).
Na base desta decisão está o facto de o mérito da redução de emissões em Portugal se dever, como admite
a Agência Europeia do Ambiente, em grande medida, à crise.
Com efeito, o débil crescimento económico levou a uma menor utilização de energia, o que resultou em
menos emissões.
O PCP não se congratula com menores níveis de investimento, desde há décadas a esta parte, com os
jovens qualificados a abandonarem o nosso país, com a investigação desvalorizada e com o aparelho produtivo
empobrecido.
É que esta diminuição de emissões em Portugal não se deve a políticas que implementaram a fiscalidade
verde, reafectando, com esta medida, uma tributação particularmente aguda para as camadas mais
empobrecidas da população, baseada na falsa noção de que a taxação dos seus hábitos e atividades têm efeitos
ambientais significativos.
O PCP não considera que medidas como a proibição de isentar de IVA as entidades públicas de gestão de
resíduos para não prejudicar a concorrência com privados e propor que os cidadãos sejam obrigados a pagar
pelos sacos plásticos que compram — ao invés de, por exemplo, proibir a distribuição de sacos não
biodegradáveis — possam estar fortemente relacionadas com a redução das emissões.