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4 DE NOVEMBRO DE 2016

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O Sr. Ministro das Finanças: — Sr. Deputado, confesso que fiquei preocupado porque, agora, revela

preocupação porque a despesa da educação só cresce 3,3%, em 2016, e 3,1%, em 2017!

Sr. Deputado, junte-se a nós,…

O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Eu?!

O Sr. Ministro das Finanças: — … porque agora a despesa de educação cresce!

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

Claramente, não vou comentar as tendências e apreciações sindicais que o Sr. Deputado fez. Não lhe ficam

bem, mas não vou comentar.

Mas, Sr. Deputado, dotação provisional não é uma expressão que lhe diz alguma coisa? É que na execução

orçamental existe uma coisa que se chama «dotação provisional», é usada em todos os Orçamentos e está lá

para fazer reforços quando eles fazem falta.

O Sr. Pedro Alves (PSD): — E aldrabice também!

O Sr. Ministro das Finanças: — É exatamente isso que acontece em muitas circunstâncias. Sabe para que

serve? Para evitar Orçamentos retificativos. Sabe quantos fez o seu Governo? Fez oito, ou seja, não houve

dotação provisional que lhe valesse!

Aplausos do PS.

Portanto, são valores negativos que se tornam positivos e em relação aos quais agora o Sr. Deputado mostra

preocupação. Fica anotada essa sua preocupação.

O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Muito obrigado! O meu Governo não levou o País à falência!

O Sr. Ministro das Finanças: — O Sr. Deputado Paulino Ascenção falou-nos da importância do investimento

público, que é, obviamente, um elemento central do Governo. Tanto é assim que, no próximo ano, há uma

previsão de crescimento muito substancial, corrigida de efeitos one-off, próxima de 10%. Na tabela do

Orçamento está 22% e, se corrigirmos alguns efeitos especiais, cresce próximo de 10%. É um crescimento muito

significativo do investimento público e, nessas preocupações, enquadram-se, com certeza, as declarações que

o Sr. Primeiro-Ministro fez na Madeira de análise daquilo que é a necessidade de financiamento do hospital da

Madeira. Essa matéria está a ser analisada no Governo e será devidamente tomada em conta.

O Sr. Deputado Miguel Santos não tomou boa conta de que, no Orçamento inicial para 2015, o défice previsto

na saúde era de 30 milhões de euros e que quando chegámos ao fim do ano e foi apurado pela ACSS o défice

foi de 371 milhões de euros. Foram só mais 340 milhões de euros!

O apuramento final do défice é feito pelo Instituto Nacional de Estatística em setembro e, na verdade, o défice

da saúde ficou em 470 milhões de euros. Este é o défice da saúde, apurado pelo Instituto Nacional de Estatística.

Sr. Deputado, para apuramentos estatísticos, temos o Instituto Nacional de Estatística. É assim que deve ser

feito e é esse o défice que foi apurado.

Neste défice cabem aumentos salariais, carreiras e concursos que o Governo implementou, em 2015, na

saúde. A questão que me refere terá um tratamento especializado em sede orçamental. Em qualquer dos casos,

Sr. Deputado, a diferença entre o saldo inicial e o défice final na saúde, em 2015, apenas pode ter uma palavra,

que é «descontrolo» naquilo que foi a execução da saúde em 2015.

O Sr. Miguel Santos (PSD): — Ainda bem que diz isso! Vamos falar disso daqui a uns meses!