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I SÉRIE — NÚMERO 41

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En la noble tarea de dar a conocer en el país vecino la cultura propia colaboran resueltamente los prestigiosos

Institutos Camões y Cervantes, y otras importantes iniciativas y actividades como la Muestra España y la Mostra

Portuguesa, el Premio Luso-Español de Arte y Cultura, o el benemérito Colegio español y lisboeta Giner de los

Ríos.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: Vim a este Hemiciclo, sede da vossa soberania, tal como o fez meu pai, o

Rei Juan Carlos, para reafirmar e renovar a mensagem de fraternidade entre os povos de Portugal e Espanha.

Devemos olhar com legítimo orgulho e em concórdia para as quatro últimas décadas de vida democrática.

Devemos valorizar os nossos pontos fortes partilhados neste mundo global.

Devemos congratular-nos pela extraordinária vitalidade e riqueza das nossas relações mútuas.

Há quase 500 anos, com o impulso da Coroa, o português Fernão de Magalhães e o espanhol Juan Sebastián

Elcano iniciaram juntos a empresa de dar a volta ao mundo. Ambos abriram novos horizontes e reafirmaram a

nossa confiança comum na capacidade do ser humano para superar obstáculos só aparentemente

intransponíveis.

Aqui, diante desta Assembleia, expresso a minha convicção de que Portugal e Espanha continuarão a

caminhar juntos com o impulso dos sentimentos de afeto e amizade que, hoje como nunca, unem os nossos

cidadãos. São sentimentos baseados no respeito, no conhecimento mútuo, no reconhecimento das nossas

profundas afinidades em tudo o que partilhamos e que ultrapassa largamente a vizinhança, porque espanhóis e

portugueses, portugueses e espanhóis, estão ligados por autênticos laços de fraternidade. Nunca na nossa

longa história as duas sociedades se sentiram tão próximas.

Por tudo isto, Srs. Deputados, hoje, perante vós, perante o povo português, quero que saibam que, como

espanhol, como Rei de Espanha, o meu coração está com Portugal!

Muito obrigado.

Aplausos do PSD, do PS e do CDS-PP (de pé) e do PAN, tendo-se levantado os Deputados do PCP e de Os

Verdes.

O Sr. Presidente: — Agradeço a presença de todos.

Vamos ouvir, de novo, os hinos nacionais de Espanha e de Portugal, e declaro encerrada a sessão.

A Banda da Guarda Nacional Republicana, postada nos Passos Perdidos, executou, de novo, os dois hinos

nacionais.

Eram 11 horas e 45 minutos.

———

Versão integral em português do discurso de Sua Majestade o Rei de Espanha, Felipe VI:

Sr. Presidente da Assembleia da República, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Ministros, Srs. Embaixadores, Sr.as e

Srs. Deputados, Sr. Ex-Presidente da República, Autoridades, Senhoras e Senhores:

Agradeço, em primeiro lugar, Sr. Presidente, as suas estimadas palavras de boas-vindas.

Agradeço, muito sinceramente, a cordialidade com que me abrem as portas desta Câmara. Atravesso o limiar

da Assembleia da República com um profundo respeito pelo privilégio que me concedeis.

Venho de coração aberto para me encontrar com os representantes do caro povo de Portugal, terra que

tenho sempre presente, que frequentei desde a infância e de que guardo as melhores recordações.

Gostaria de partilhar convosco muitas e profundas emoções que suscita em mim o vosso generoso convite

de hoje, ao ter pela primeira vez a oportunidade de me dirigir a quem encarna a Nação portuguesa.

De meu avô, o Conde de Barcelona, herdei a gratidão invariável à hospitalidade do povo português e a

admiração pela tradição marítima portuguesa e pelos seus grandes navegadores.

De meu pai, o Rei Juan Carlos, advém o meu amor pela língua portuguesa e o interesse fraterno pela sorte

de Portugal.