I SÉRIE — NÚMERO 27
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O Sr. Presidente: — Tem a palavra, de novo, a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, tenho pena que tenha perdido
a oportunidade para se retratar em matéria de educação, porque, certamente, os alunos, os professores e as
famílias portugueses agradeceriam.
A Sr.ª Isabel Alves Moreira (PS): — Ah! Ah! Ah!
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — O princípio da estabilidade nas políticas de educação deveria ser
assumido como um consenso alargado nesta Casa e é lamentável que os senhores não estejam disponíveis
para isso.
O CDS propôs estabilidade por seis anos e até assumia que fosse com base nas atuais propostas, apesar
de acharmos que são más.
Aplausos do CDS-PP.
Já agora, tenho a dizer-lhe que a aferição no 2.º ano me parece ser suficientemente cedo para se poder
corrigir o que há a corrigir até ao 4.º ano! Ou quer começar com aferições no 1.º ano?
Protestos de Deputados do BE e do Deputado do PS João Galamba.
Parece-me que fazer a aferição no 2.º ano é suficientemente cedo para corrigir, afinar o tiro e ter bons
resultados.
Estes bons resultados, felizmente, ninguém nos tira, mas também podemos ver pelos gráficos de evolução
do PISA que quando a FENPROF manda os resultados baixam. Quando os Governos se preocupam em
satisfazer a FENPROF e não em trabalhar para os resultados dos alunos os resultados são outros. Portanto,
convido-o a fazer uma reflexão sobre esta matéria.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Muito bem!
Protestos do Deputado do BE Pedro Filipe Soares.
O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, tem de terminar.
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, vou terminar com uma pergunta que me parece muito
relevante, porque é mais um exemplo das famosas cativações, ou cortes cegos, que todos os serviços públicos
do País estão a sofrer.
Este ano, pela primeira vez, não vai haver distribuição do Fundo de Auxílio Europeu às Pessoas mais
Carenciadas (FEAD). Eram 400 000 famílias que recebiam alimentos via dinheiros europeus para apoio aos
carenciados e este ano, pela primeira vez, não os vão receber. A minha pergunta é se o Sr. Primeiro-Ministro
está ao corrente deste assunto e se planeia fazer alguma coisa para evitar isto.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro para responder.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, partilho do seu desejo de que haja estabilidade,
mas, sobretudo, desejo que nunca mais voltemos à política educativa que foi seguida no Governo anterior.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Deve ver os resultados!