I SÉRIE — NÚMERO 30
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Evidentemente que esta situação coloca muitos órgãos de comunicação social, os principais órgãos de
comunicação social, designadamente as televisões, a funcionar ao serviço de interesses estritamente
comerciais, de procura das audiências, com a consequente degradação da oferta de programação e falta de
diversidade da programação que é oferecida.
Isto significa uma limitação à liberdade de imprensa, quer na sua vertente do direito de informar dos
profissionais da comunicação, quer na vertente do direito dos cidadãos a serem informados sem impedimentos
nem discriminações. Portanto, estamos a passar por um momento extremamente difícil e de crise nesse aspeto.
Evidentemente que o serviço público da comunicação social tem aqui um fator essencial que importa garantir
e que o Estado tem também o dever de garantir, que é o de que os cidadãos que usam a TDT, e que não têm
outra alternativa que não seja a TDT, recebam esse serviço em condições de qualidade, o que não tem
acontecido ao longo dos últimos anos, e é uma situação que importa acompanhar e a que importa pôr cobro.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já ultrapassou o seu tempo. Peço-lhe que conclua.
O Sr. António Filipe (PCP): — Vou concluir de imediato, Sr. Presidente.
Mas também é preciso dizer que o pluralismo na comunicação social não se garante apenas através do
serviço público, mas também através da exigência a todos os intervenientes no setor, públicos e privados, do
cumprimento dos requisitos de pluralidade e pluralismo que decorrem da Constituição e da lei.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: — Terminada a apreciação dos Relatórios da Entidade Reguladora para a Comunicação
Social (ERC) relativos aos anos de 2014 e 2015, vamos passar às votações.
Antes disso, porém, dou a palavra ao Sr. Secretário, Deputado Duarte Pacheco, para dar conta de alguns
diplomas que deram entrada na Mesa.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, deram entrada na Mesa, e
foram admitidas, as seguintes iniciativas legislativas: propostas de lei n.os 46/XIII (2.ª) — Altera o exercício da
liberdade sindical e os direitos de negociação coletiva e de participação do pessoal da Polícia de Segurança
Pública com funções policiais, que baixa à 1.ª Comissão, e 47/XIII (2.ª) — Aprova o Estatuto Disciplinar da
Polícia de Segurança Pública, que baixa à 1.ª Comissão; e projetos de resolução n.os 573/XIII (2.ª) —
Recomenda ao Governo que adote medidas que permitam a criação do circuito hidráulico de Viana do Alentejo
(ligação à albufeira de Alqueva) (PSD), que baixa à 7.ª Comissão, e 574/XIII (2.ª) — Pela construção urgente de
um hospital público no concelho de Sintra e em defesa da melhoria dos cuidados de saúde (PCP), que baixa à
9.ª Comissão.
É tudo, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Secretário Duarte Pacheco.
Sr.as e Srs. Deputados, vamos entrar no período regimental de votações.
Antes de mais, vamos proceder à verificação do quórum, utilizando o sistema eletrónico.
Pausa.
O quadro eletrónico regista 203 presenças, às quais se acrescentam 4 (Deputados José Moura Soeiro, do
Bloco de Esquerda, Sónia Fertuzinhos, do PS, Amadeu Soares Albergaria, do PSD, e Vânia Dias da Silva, do
CDS) perfazendo 207 Deputados, pelo que temos quórum para proceder às votações.
Sr.as e Srs. Deputados, em primeiro lugar vamos apreciar o voto n.º 170/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento
de Cristóvão Guerreiro Norte (PSD), que vai ser lido pelo Sr. Secretário Duarte Pacheco.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Faleceu, no passado dia 28 de novembro, aos 78 anos, Cristóvão Guerreiro Norte.