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6 DE JANEIRO DE 2017

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O Sr. Presidente: — Permitam-me, nesta primeira vez que me dirijo ao Plenário neste novo ano, que deseje

a todos os Srs. Deputados um bom ano de 2017.

Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos à Sr.ª Deputada Carla Cruz, quatro Srs. Deputados.

Sr.ª Deputada, como é que deseja responder?

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Um a um, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem a palavra o Sr. Deputado José Silvano.

O Sr. José Silvano (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Carla Cruz, começo por dizer-lhe: «Bem prega

Frei Tomás, faz o que eu digo, não faças o que eu faço». E, a propósito disto, dizia a Sr.ª Deputada, há um ano,

nas mesmas circunstâncias, que a rotura dos serviços de urgência é o resultado das políticas do Governo. Aliás,

o jornal Avante, no seu editorial, na mesma altura, em janeiro de 2015, dizia que a rotura nos serviços de

urgência era um desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde.

Vozes do PSD: — E agora é o quê?!

O Sr. José Silvano (PSD): — Pergunto-lhe: o que é que mudou, Sr.ª Deputada? Mudou a política do PCP,

de apoio a esta política de saúde, à política de saúde da responsabilidade deste Governo? O PCP apoia a

política de saúde deste Governo, ou não apoia a política de saúde deste Governo?

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. José Silvano (PSD): — Gostaria que respondesse, com toda a clareza, a esta pergunta.

Também quero dizer que é fácil falar das PPP, é fácil dizer a mesma coisa «Bem prega Frei Tomás…».

Pergunto-lhe: se o Governo negociar ou renegociar a PPP do Hospital de Cascais ou outras, o PCP tira o apoio

a este Governo, ou não tira o apoio a este Governo?

É preciso responder, com toda a clareza, a estas e a outras questões. É que estamos já habituados ao

discurso do «dizer e não fazer». Quando se dizia aqui que era preciso que os centros de saúde estivessem

abertos durante o período noturno e durante mais horas, para responder a esta crise de gripe, toda a gente

culpava o Governo anterior. Posso dizer-lhe que, no interior, nomeadamente em alguns distritos como o meu,

os centros de saúde foram encerrados à noite pelo Governo do Partido Socialista no tempo de Eng.º José

Sócrates. Ora, que eu saiba, este ainda é um Governo do Partido Socialista.

Vozes do PSD: — Pois é!

O Sr. José Silvano (PSD): — São estas as questões que se devem colocar para que as urgências possam

ter a dignidade que merecem.

A outra questão essencial que é preciso referir é esta: sem investimento e sem se saber o que está a levar

tanta gente às urgências não se deve tirar conclusões. Não vejo o PCP hoje, como o BE também afirmou há

pouco, com a comunicação social atrás, com um grupo de Deputados e os seus dirigentes a visitar as urgências

e as unidades de saúde, a falar nos telejornais, a dizer que a saúde está um fracasso e que é preciso mudar a

saúde.

Aplausos do PSD e da Deputada do CDS-PP Isabel Galriça Neto.

Protestos do PCP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Carla Cruz.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Sr. Presidente, agradeço ao Sr. Deputado José Silvano as questões colocadas.