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I SÉRIE — NÚMERO 39

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compara mal com aquele que teve a Espanha, a Irlanda, ou seja, com parceiros da União Europeia que

passaram por circunstâncias muito parecidas com Portugal…

O Sr. João Galamba (PS): — Em 2015, também comparou mal?!

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — … e chegamos à conclusão de que esses países estão a crescer ou

o dobro ou o triplo do que Portugal cresceu e pagam custos de financiamento a 10 anos que são metade ou a

quarta parte do que paga Portugal.

O Sr. Marco António Costa (PSD): — Exatamente!

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Se estamos a crescer muito menos do que os outros, com a mesma

política monetária do BCE, porque é que pagamos tão mais do que os outros para financiar o Estado a 10 anos?

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Muito bem!

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Não venha com 2015! Não venha com o passado! Porque se formos

ver o que se passava em 2015 teremos de concluir que, com exceção de três outros países na zona euro que

aumentaram os seus custos de financiamento a 10 anos durante o ano de 2016, mas incomparavelmente menos

do que Portugal, o que acrescentou 2016 foi que Portugal foi o campeão do aumento do financiamento a 10

anos. Não houve mesmo mais nenhum com a mesma política do BCE.

Quero dizer-lhe, Sr. Primeiro-Ministro, que se pagam muito caras as reversões que foram feitas,…

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — … a política económica errada que está a ser feita, os acordos de

maioria que foram estabelecidos neste Parlamento… Tudo isso custou muito a Portugal em desenvolvimento,

em crescimento económico, em confiança, em atração do investimento e, portanto, em geração de emprego que

o senhor diz, e muito bem, que melhorou, continuou a melhorar ao longo de 2014, de 2015, de 2016,…

O Sr. João Galamba (PS): — No segundo semestre de 2015, estagnou!

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — … mas, quando olhamos para a segunda metade do ano de 2016,

vemos que estabilizou.

Sr. Primeiro-Ministro, queria finalmente fazer-lhe uma pergunta, dado que iniciamos o ano parlamentar

também com uma promessa de desentendimento na sua maioria.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Essa foi a desculpa que deu há dois dias!

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — O senhor fez um acordo com o Bloco de Esquerda para aumentar o

salário mínimo nacional. Depois, foi à concertação social e fez um desconto a todos aqueles que concordassem

com aquilo que o senhor já tinha negociado com o Bloco de Esquerda. Soube atempadamente que não teria

nos partidos mais à esquerda do Parlamento, na sua maioria, voto para apoiar o compromisso que assumiu com

os parceiros sociais na concertação social.

Sr. Primeiro-Ministro, porque é que entendeu que devia assumir esse compromisso com os parceiros sociais,

sabendo que não tinha apoio no Parlamento, na sua maioria, para o assumir?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.